domingo, 31 de maio de 2009

O que há em comum é diferente: a ironia

“Crítico” sempre vai receber crítica. Entre aspas mesmo. Porque penso que, talvez, o título atribuído a Arnaldo Jabor, deveria ser substituído. Por mais que ele esteja inteirado de tudo o que acontece no mundo, e conheça a fundo a história do nosso país, eu ainda prefiro chamá-lo de comentarista. A não ser quando ele fala/escreve sobre cinema. O carioca é cineasta.

Essa turma vai receber crítica porque se expõe. E é impossível agradar a todos. E é melhor que seja assim. Pois como já disse um outro carioca, a unanimidade é burra.

Enquanto “crítico”, Jabor põe para fora o que pensa. Ao fazer isso, fundamenta a sua opinião. Isso é essencial. Mas sempre terá um ou outro que discorde do seu modo de pensar. Enquanto leitora/ouvinte de Arnaldo Jabor, na maioria das vezes não me simpatiza muito com sua escrita/fala. Mesmo quando concordo com o seu ponto de vista. O texto dele, excessivamente irônico e sarcástico, é chato. E como está escrito em um post aqui abaixo, cansa. Aí eu paro de ler, troco de estação. Não consigo. Às vezes penso que se ele deveria se colocar no lugar do leitor. E usar a sua ironia e sarcasmo de outra maneira.

Bruno Mazzeo é irônico (será?). Mas ele parece utilizar a ironia (?) como uma ferramenta para chegar mais perto do leitor. Independente do conteúdo do seu texto, e graças ao seu modo de escrever, à sua abordagem, Mazzeo me passa aquela impressão de cara descolado, maneiro, gente boa. Um cara com quem não seria tão difícil dividir uma mesa de bar. Já o cineasta, distante que só do leitor... Ah, este parece preferir tomar seu uísque sozinho.

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