sexta-feira, 15 de maio de 2009

Criação x Informação

Tanto o Canto do Inácio quanto o Cinema com Rapadura equivalem-se no quesito qualidade de informações, no quitante ao que diz respeito à principal meta do jornalismo objetivo hoje, a veracidade do que foi apurado.
A interação se dá através da mesma maneira de sempre, mostras dos maiores sucessos dos blogs e os comentários de quem se dispôr a isto.
À parte isso, diferenciam-se fortemente nos layouts. Como já foi dito, o Cinema com Rapadura investe numa suposta "riqueza de imagens", o que o torna, a meu ver, esteticamente bagunçado e confuso. Espalhafotoso mesmo. As fotos e os vídeos são mais espetaculares do que os textos.
Por outro lado, o Canto do Inácio investe na simplicidade imagética de seu layout, tornando sua leitura mais agradável em decorrência do ambiente leve no qual se insere.
A outra diferença está no conteúdo, embora ambos façam uso de informações verdadeiras (até que se prove o contrário), eles trabalham com estas de maneira diferente.
O Cinema com Rapadura praticamente se atém a elas e faz comentários pontuais de avalição positiva ou negativa de determinado assunto.
Em oposição a isso, Inácio Araujo faz análises mais subjetivas, objetivando ou não, seu ponto de vista com relação ao filme em questão, usando para isso elementos presentes nos filmes como atuação de atores, diretores, câmeras, cenários, etc.
Ou seja, o Canto do Inácio é feito a partir também da criação da análise de seu autor, conferindo-lhe um ar pessoal e livre. Livre, inclusive, de se prender somente aos blockbusters do cinema hollywoodiano dos heróis da Marvel.Passeia também por esse campo, mas não somente e nem em absoluta maioria.
O Cinema com Rapadura tenta se diferenciar por postar todas as notícias a respeito do mundo do cinema, enquanto Inácio Araujo faz uma seleção mais criteriosa do que ele considera relevante, já que seu diferencial não é a quantidade de informações, mas a análise qualitativa delas.
Em tempos de overdose de informações e pouca seleção é uma singularidade e tanto.
A informação, normalmente, circula com muito mais facilidade do que a criação, tornando a última mais extraordinária e atrativa.
Prender-se aos fatos pode se transformar em algo extramamente enfadonho.

Raphael Vidigal

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