domingo, 31 de maio de 2009
Olhares sobre o cotidiano
E é justamente essa veia - adorada por muitos, odiada por outros muitos - que vemos no blog de Jabor. Embora bastante desatualizado - fato para o qual há uma justificativa -, o blog é interessante e funciona como uma fonte segura para quem quer saber a opinião do comentarista, sem precisar questionar a autenticidade do texto.
Essa história de "ame-o ou odeie-o" faz lembrar até um outro crítico famoso, citado também no blog de Bruno Mazzeo: Paulo Francis. O post dedicado ao jornalista é um exemplo claro do que o humorista filho de Chico Anysio faz em seu espaço virtual: um diário pessoal, sempre temperado com suas piadinhas e trocadilhos já tão conhecidos de todos graças ao programa "Cilada" (uma cria do canal Multishow que hoje também é apresentada no "Fantástico", da Globo).
Parafraseando Mazzeo, eu classificaria Arnaldo Jabor como mais "uma pessoa que não se limita a dar uma notícia, mas a comenta, opina, bota o dedo na ferida". A mim, o estilo dele agrada. Jabor - assim como fazia Paulo Francis - tem a coragem para, muitas vezes, expressar o que pensa a grande maioria de seus leitores e ouvintes. E também os telespectadores, já que a participação dele nos telejornais da Globo soa sempre como uma válvula de escape das emoções naquele jornalismo tão carente de opinião - embora, é preciso reconhecer, isso esteja mudando, com a reformulação em curso que a emissora faz em seu jornalismo.
Tanto Mazzeo, quanto Jabor trabalham com uma só substância: o cotidiano. E lançam sobre ela seu olhar, quase sempre embebido de humor e crítica. Os temas variam, mas, de uma forma ou outra, acabam se tocando. Chego até a crer que, se Jabor tivesse um "Bloglog", talvez ele estivesse entre os endereços preferidos de Mazzeo. Já o contrário, acharia difícil de acontecer - principalmente se levarmos em conta, como tantos afirmam, o ar de empáfia e superioridade que parece acompanhar constantemente o cineasta carioca em suas incursões textuais.
O que há em comum é diferente: a ironia
Essa turma vai receber crítica porque se expõe. E é impossível agradar a todos. E é melhor que seja assim. Pois como já disse um outro carioca, a unanimidade é burra.
Enquanto “crítico”, Jabor põe para fora o que pensa. Ao fazer isso, fundamenta a sua opinião. Isso é essencial. Mas sempre terá um ou outro que discorde do seu modo de pensar. Enquanto leitora/ouvinte de Arnaldo Jabor, na maioria das vezes não me simpatiza muito com sua escrita/fala. Mesmo quando concordo com o seu ponto de vista. O texto dele, excessivamente irônico e sarcástico, é chato. E como está escrito em um post aqui abaixo, cansa. Aí eu paro de ler, troco de estação. Não consigo. Às vezes penso que se ele deveria se colocar no lugar do leitor. E usar a sua ironia e sarcasmo de outra maneira.
Bruno Mazzeo é irônico (será?). Mas ele parece utilizar a ironia (?) como uma ferramenta para chegar mais perto do leitor. Independente do conteúdo do seu texto, e graças ao seu modo de escrever, à sua abordagem, Mazzeo me passa aquela impressão de cara descolado, maneiro, gente boa. Um cara com quem não seria tão difícil dividir uma mesa de bar. Já o cineasta, distante que só do leitor... Ah, este parece preferir tomar seu uísque sozinho.
Bruno Mazzeo e Arnaldo Jabor provaram que a linguagem humorística está presente em qualquer lugar da história e de inúmeros assuntos.
Com seu humor herdado por seu pai, Bruno Mazzeo se mostra do mesmo estilo de seus programas, ou seja, sendo sarcástico com cada acontecimento do dia a dia. Mas o que talvez chame atenção dos telespectadores nos programas, não possa trazer o mesmo impacto para os internautas.
Seu blog aparenta ser mais pessoal, isso é nítido através de sua paixão pelo time do Vasco , seu comentário sobre gostos musicais e a aparição de um post de uma internauta, torna-se um elogio direcionado a ele.
Arnaldo Jabor, não foge desta lingüística tão opinativa e ao mesmo tempo engraçada. Mesmo não contendo vídeos, fotos e outras imagens que inicialmente prendem muitos internautas, suas criticas são mais abrangentes.
De religião e política ate opções sexuais entre outros assuntos, Jabor relata suas visões com um humor mais clássico onde deixa qualquer leitor pensativo com suas criticas. Para que isso aconteça, o internauta deve entender um pouco sobre estes assuntos.
Andrezza Rocha
Quase tudo é questão de gosto
Mas enfim! O que dizer sobre ele?
Bom, sobre o layout, achei interessante. Combina com o estilo literário do conteúdo.
Sobre a funcionalidade, nem tanto. Não sei se não existem outros textos arquivados ou se fui eu quem não os encontrei. O link que nos direciona do blog à coluna de Arnaldo Jabor também parece não funcionar. Tentei acessar por lá e não consegui. Apenas depois de procurar pelo Google pude conferir seus artigos.
Sobre o conteúdo, é o mesmo estilo irônico/irreverente de sempre. Aliás, esse estilo caricato às vezes cansa, mas é questão de gosto.
Algumas crônicas têm o lado poético bem carregado, misturado com auto-ajuda. Algumas com pontos interessantes, outras nem tanto. Mais uma vez, questão de gosto.
Inicialmente, os blogs eram usados como um diário virtual. E, nesse sentido, Bruno Mazzeo tem um blog bem blog. Desde o layout simples ao conteúdo com tom pessoal. A diferença para outros blogs comuns, é que a vida de Bruno, e suas idéias, são interessantes e engraçadas, fazendo com que suas histórias e sua rotina sejam motivos de grande atração para os leitores.
Embora tenham perfis diferentes (Arnaldo mantendo seu mesmo estilo “cronista-poeta” apresentado em jornais, rádio e tvs e Bruno com menos profissionalismo e mais liberdade e proximidade com os leitores), os textos de ambos são muito comentados. Alguns comentários acrescentam informação e visões diferentes, outros não passam de elogios fáceis. Normal. São pessoas famosas e seus trabalhos têm grande projeção. Detalhe: Arnaldo parece odiado na mesma proporção em que é amado. Fácil encontrar comentários extremos em seu blog. Já Bruno é mais “normal”, com comentários mais constantes.
Mais uma vez, pessoas diferentes criando blogs diferentes!
Postando para Mariana Garcia
Jabor tem seus estilo único, ao aliar um palavreado que as vezes chega ao mais baixo calão, com textos primorosos. O resultado pelo incrível que pareça é genial. O cineasta é capaz de falar sobre tudo, de expor sua opinião sempre crítica sem medo de ofender x ou y. É um substituto a altura do grande Paulo Francis.
Já Mazzeo é um jovem que do nada desponta para a fama. Seu programa mostra as situações do nosso cotidiano, de uma forma bastante bem-humorada. Mazzeo mostra as ciladas do dia-a-dia. O resultado de tudo isso, é um programa que está na quarta temporada e quadro de oito minutos no Fantástico.
Nenhum dos dois tem pinta e jeito de comediante. E nem são na verdade. De um lado está um cineasta, escritor e colunista e do outro um jovem roteirista, que não teve medo de colocar a cara a tapa e topou fazer um programa diferente na televisão paga.
O que interessa é que ambos conseguem fazer o seu publico rir, porque eles escrevem bem, muito bem. O que eles tem mais em comum é isso, ali está duas pessoas, dois homens que não pegam no lápis para fazer nada que não seja no mínimo, muito bom.
MARIANA GARCIA
IRONIA
Jabor, cineasta e jornalista, ficou conhecido pelo estilo irônico com que comenta os fatos da atualidade brasileira. Ele sabe fazer críticas duras, principalmente à política, ele fala a verdade doa a quem doer.
Jabor+mazzeo= risadas
Postando para Yara Fonseca
Mazzeo apareceu do nada como ele mesmo conta no seu blog. De uma folha de papel enviada ao Multishow para um quadro no programa mais popular da televisão brasileira. Uma ascensão meteórica. O Cilada é hoje um dos melhores programas de humor deste país. Com uma linguagem simples, que remete as situações do nosso dia-a-dia, a qualidade e o talento de Bruno reinam nos 30 minutos em que o seriado vai ao ar.
Acho que criticar é uma das coisas mais difíceis, ser pedra é muito fácil, difícil é ser vidraça. No fundo o que quero dizer, é que os dois poderiam usar e abusar da sua situação de críticos, mas eles não fazem isso. Muito pelo contrario, eles partem para uma crítica real, bem humorada, que visa somente criticar e nada mais. Sem puxar o saco de ninguém, eles vão guiando a sua carreira. Cada um do seu jeito, mas sempre com sucesso.
YARA FONSECA
sábado, 30 de maio de 2009
Diego Scorvo
Quando comecei a escrever meu post, já conhecia o trabalho deles. Li o livro Porno Política do Jabor logo depois do seu lançamento e já havia assistido alguns programas do Cilada. O trabalho dos dois é genial. Genial porque é simples. Você vê o Cilada e fala: já pensei nisso ou já aconteceu isso comigo. Nas colunas do Jabor, o que ele fala é o que a maioria pensa, é a critica que está na ponta da língua de todos os brasileiros. O diferencial deles é que eles passam à barreira do pensar e acontecer, eles fazem isso se tornar real para um público imenso, ao escreverem ou falarem de tudo isso na TV. Eles dão a cara a tapa.
Acho que os dois tem muito mais a comum do que eles imaginam. Jabor definiria o seu trabalho e o de Mazzeo como a pornografia da televisão, já que segundo o cineasta, os filmes pornôs mostram a realidade. Se você que sexo de verdade, é ali que você vai encontrar. Chega de erotismos, seja no jornalismo, na televisão, na universidade ou na vida. Vamos buscar aquilo que queremos e que acreditamos. Não há necessidade de falsear, a vida é muito mais que isso, a vida é a verdade.
Gostem ou não, Jabor e Mazzeo dizem a verdade, de uma forma crítica e sincera, sem tentar agradar A ou B.
DIEGO SCORVO
Humor x Ironia
Foi a primeira vez que tive contato com o blog do Bruno (passarei a frequentar mais vezes agora). E não me surpreendi com o conteúdo (quem assistiu programas como a A diarista e Cilada sabe o que esse cara pode fazer), com uma criatividade e inteligência ímpar, Bruno nós faz rir e aprender no seu blog (confesso que sempre salto os posts que ele fala do Vasco da Gama, vai ser fanático assim lá longe). O cotidiano parece fasciná-lo, sempre tratando com irreverência nosso dia-a-dia, ele mostra domínio e clareza do assunto tratado, mas sempre com sua pitada de humor.
Por sua vez, Jabor é polêmico, IRÔNICO, grosso e, muitas vezes, arrogante. Não é um pessoa que eu simpatizo, mas seus textos são incríveis. Sempre fala com autoridade sobre qualquer assunto, principalmente política. O poder de convencimento de Arnaldo Jabor é tanto que ele te faz parecer um idiota quando você o lê. Seu blog é visita obrigatória para quem quer uma opinião diferenciada sobre atualidades. Se me pedissem pra defini-lo em uma palavra seria: mala. Mas ele pode...
Marcelo Augusto Batista de Souza
Arnaldo Jabor é crítico, cineasta e jornalista carioca, é bastante debochado, provocador e contraditório. Mazzeo é ator, humorista, roteirista e também crítico.
Os blogs se diferenciam em vários aspectos, um deles é a forma de ironia percebida, que é característica de cada autor. Mazzeo faz uso de um humor mais agradável e bem menos pesado do que o de Jabor, que é mais personalista, picante e um tanto quanto polêmico. Mas nem por isso as críticas de Mazzeo são menos satíricas e pungentes. Mazzeo é mais “fácil de engolir” do que Jabor, que chega a ser “bastante amargo” em suas análises.
No que diz respeito à escrita eles também se diferenciam. Jabor é mais formal, distante do leitor, mais jornalístico e faz análises mais densas que Mazzeo, este possui uma escrita mais descontraída, simples e dá mais espaço à diferentes interpretações sobre o conteúdo ali postado, que muitas vezes é sobre sua rotina de vida e do seu trabalho.
Em relação ao conteúdo, Arnaldo Jabor aborda mais fatos relacionados à política e sociedade, dando uma certa e exagerada importância aos vícios da classe média do país. Já Bruno Mazzeo fala sobre “tudo”, de filmes, esportes, músicas, etc, de uma maneira geral, mais ampla e mais humorística.
Ambos os autores são capazes de escrever com fluência em estilos variados e aliam, de uma maneira esbanjadora, citações e situações variadas a uma visão bastante debochada da realidade em geral.
Salve Salve a Ironia
A primeira coisa que me passou pela cabeça, ao comparar os dois autores, foi o fato deles terem se tornados conhecidos do grande público, principalmente, por fazerem parte da Poderosa Dona da Opinião Pública Brasileira Influenciadora das Massas Rede Globo.
Arnaldo Jabor é cineastra, jornalista, crítico e reconhecido pelos comentários do Jornal Nacional. Bruno Mazzeo é humorista, roteirista, ator, possui um programa no Multishow e um quadro no Fantástico.
Os dois possuem um estilo irônico de escrever, o que era de se esperar, por se tratar de um crítico e de um humorista. Jabor, gera algumas polêmicas pelo fato de ter como parte do seu repertório, política. E como todos sabem, não se deve discutir política e religião (se não quiser causar polêmicas). Por isso, há quem o idolatre e quem o repudie. Jabor é quase uma celebridade, deve ter até fãs que pedem autógrafos e mandem cartas quilométricas escritas “eu te amo”. O que não impede também, dele receber recados ameaçadores em sua secretária eletrônica.
Exageros a parte, quero mostrar com isso, o quanto uma personalidade pode influenciar nos acessos de seu blog, afinal é esse o propósito, analisar sua ferramenta. E como já foi tratato aqui, no Objetividade Criativa, o instrumento de comunicação deve interessar. Sem dúvida o blog do Jabor, “Amor é Prosa”, consegue isso, afinal ele atinge não só os participantes do seu fã clube, mas também os mais fundamentalistas que são capazes de mandar cartas com antrax, porém já se satisfazem escrevendo comentários desaforados em seus posts.
Com o público formado, Jabor escreve textos bem estruturados e contextualizados, sua bagagem cultural é indiscutível e suas críticas são bem fundamentadas. A ironia, já resaltada, é instrumento principal de seu trabalho. Assuntos como política, sociedade são matéria prima de suas crônicas.
Bruno Mazzeo, possui um blog mais atualizado e descontraido, onde revela sua paixão pelo Vasco e algumas experiências pessoais, abrindo espaço para discussão de assuntos do cotidiano. Por ele ser um artista, acho mais aceitavél o fato de possuir fãs, sendo eles, a maior parte do público do seu blog. Seu texto é bem escrito e consegue prender a atenção do leitor com boas doses de humor. A identificação com as situações narradas ajuda a gerar o interesse por parte de seu público. É interessante perceber que há uma interação do autor com o internauta, alguns comentários dos blogs, são respondidos por Mazzeo.
Duas personalidades que utilizaram da mesma ferramenta, para tratarem de diferentes assuntos, usando recursos parecidos. Críticas a parte, duas fontes de boa leitura.
A críica na rede
Para quem gosta de ler críticas os dois blogs são bem recomendados. A diferença é que um é jornalista, mais reconhecido pelo público. O outro, visto como um mero comediante. Mas ao ler seus respectivos textos, a qualidade em que são desenvolvidos é tão boa que acaba-se deixando de lado essa (in)notável diferença.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Blogs comentados
Arthur Flach
é muita ironia neste meu Brasil
Ironia subjetiva
Muitos nao devem compartilhar da mesma opniao, pois Arnaldo Jabor é do tipo ame ou odeie, nao tem meio termo, mais ai que eu acho que esta o mais gostoso do seu blog e de seus textos, pois incentiva as pessoas a discutirem sendo a favor ou nao do que ele esta expondo.
Já no blog do Bruno Mazzeo o tipo de assunto é um pouco diferente, mas nao deixa de ter a mesma acidez que os textos do Jabor. Fala da sua paixao pelo time, escarando e sem nenhuma brincadeira, em outros momentos somente relata o que esta fazendo e em outros textos inctiveis como o do filme do Simonal.
Em um dos seus post ele coloca o texto de uma professora que comenta sobre o sucesso que é o seu programa cilada...ali ele realemnte mostra o incrivel autor que é, sao cenas do nosso cotidiano tradata de uma maneira sarcastica e completamente verdadeiras, todos nos ja passamos por algumas das situacoes e nos vemos nos episodios.
Mazzeo e Jabor sao muito diferentes e parecidos ao mesmo tempo, mas algo é inquestionavel em ambos, a maneira como criticam os acontecimentos do país e do mundo de uma maneira asborvente que muitos pensamos mais nuca falamos.
Carolina Garcia
O gosto da boa crítica
Bom, em princípio, apenas a fantástica capacidade de criticar com doses precisas de humor e perspicácia.
Existem dois tipos de crítica que me agradam: a primeira, e sem dúvidas, a mais prazerosa, é a aquela que se vale do humor para evidenciar o absurdo. Nessa, os dois escritores revelam-se muito competentes. Trata-se de uma espécie de olhar de cronista, temperado com aquela inteligência chargista capaz de invocar risos e ponderações.
Há também um outro tipo de crítica, que é aquela que nos deixa com um gosto amargo ao término da sua leitura. Nesse caso, o humor dá lugar a contestações áridas a respeito de uma realidade qualquer, que, por sua vez, deixa de funcionar apenas como matéria-prima para o escracho social, tornando-se assim, uma fonte de uma reflexão mais profunda sobre as condutas e caminhos do mundo no qual vivemos e pelo qual somos responsáveis. Aqui, o jornalista Arnaldo Jabor executa um trabalho mais profícuo, apesar da sua grande vocação ser mesmo a crítica realizada através das sutilezas da ironia.
Ainda nesse contexto, podemos dizer, sem medo de incorrer em erros, que as análises de Jabor possuem mais densidade que as de Mazzeo. Não que este seja raso, ou que o material produzido por ele seja de qualidade inferior, mas o próprio universo temático de cada um acaba sendo responsável por isso. Arnaldo Jabor discorre principalmente sobre política e sociedade, enquanto Mazzeo fala de quotidianidades, de esportes, de filmes, de músicas e da sua rotina como ator e roteirista. Seu próprio programa no “Multishow”, o “Cilada”, apresenta essa característica: a partir de situações banais do dia a dia, o escritor vai desnudando aspectos constituintes do modo de agir e pensar, do indivíduo e da coletividade. O sucesso da atração foi tanto, que Mazzeo estreou recentemente no “Fantástico”, da “Rede Globo”, o que ironicamente chamou de “Cilada” em "versão pocket para as massas". Entretanto, é importante considerar que esse panorama só pôde ser traçado a partir da análise do blog de Mazzeo, e considerando o personalismo desse espaço virtual, é preciso distingui-lo de uma página que apenas publica – ou publicava, já que o endereço parece estar esquecido – as crônicas de Jabor.
De qualquer forma, Mazzeo e Jabor nos proporcionam excelentes leituras, e é isso que importa. O blog de Mazzeo vale ser visitado de vez em quando, pois conta com posts muito divertidos e escritos com originalidade. Já a página indicada para as leituras de Jabor encontra-se em desuso, e tendo em vista a importância fundamental da atualidade para o sentido da crítica, acredito ser mais válida a leitura da coluna do jornalista na sua página no site do jornal “O Globo”. O endereço segue abaixo:
http://colunas.jg.globo.com/arnaldojabor
Postagem de Rafael Drumond
quinta-feira, 28 de maio de 2009
No país da fofoca...
Esse viés autoral é o principal atrativo de seus discursos.
Arnaldo Jabor produziu filmes sobre a obra de Nelson Rodrigues com toda a força e acidez inerentes a esta e herdou do dramaturgo (além de outras coisas) brasileiro o estilo provocador, debochado e contraditório (a maior qualidade de todas).
Bruno Mazzeo, que ainda não possui obra cinematográfica, produziu e atuou em séries televisas como “Sai de Baixo” e “Cilada”, famosas pela crítica às situações peculiares do modo de vida brasileiro.
Ou seja, ambos fizeram uso do cotidiano brasileiro de determinada época para dar aquela "cutucada leve na ferida social brasileira".
E ambos utilizaram para isso o humor tragicômico, não o humor pastelão, escrachado, estúpido, que tem o seu lugar, principalmente em alguns lugares.
Esse humor tragicômico nada mais é do que fina ironia (ou grotesca, se interessar), de longe a forma mais inteligente de todas de se criticar.
A diferença está nas nuances dessa ironia.
Jabor faz uso de um humor mais corrosivo e personalista, conferindo-lhe à sua personalidade a alcunha do que costumam chamar de "polêmico".
Já Mazzeo opta por um humor mais leve, agradável de se olhar, aparentemente menos mordaz à primeira vista de um leitor pouco atento.
Jabor é mais cítrico, quase azedo. Já Mazzeo é mais docinho.
A força da crítica de Bruno Mazzeo mora justamente na simplicidade e objetividade com que ele trata de temas tão esquizofrênicos e de costume da sociedade no Brasil.
Jabor é mais sutil, menos claro que Mazzeo, dá brecha à um número mais abrangente de interpretações e enriquece assim o conteúdo mutável de sua obra.
Isso se percebe na escrita e na escolha das intertextualidades dos dois autores.
Mazzeo é mais intimista, mais próximo do leitor em geral em consequência da maior simplicidade e cotidianeidade que adota, enquanto Jabor declara suas emoções de maneira mais distante.
Embora na atuação um pouco disso se inverta, já que Jabor é mais passional e imediato no trato ocular com seu telespectador, enquanto Mazzeo se utiliza de gestos mais contidos.
No entanto, o linguajar escolhido para abordar a realidade continua deixando Mazzeo mais próximo do sofá da sala de quem o assiste.
A qualidade mais forte dos dois é que nenhum deles (aparentemente) se auto censura, já que a internet e o blog ainda são o grande refúgio de liberdade extrema (e externa) do homem, dando espaço tanto a futebol como a padres pedófilos. E isso é um grande mérito, pois como disse outro célebre "opinador", o cantor e compositor Lobão : "no país da fofoca opinião ainda é um tabu", e Jabor e Mazzeo são muito precisos nesta.
Talvez tenha se encontrado na internet finalmente o lugar ideal para se instalar um "regime anárquico", no país da fofoca...
Raphael Vidigal
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Nathália Freitas
terça-feira, 26 de maio de 2009
O que será que esses caras têm em comum?
*Blog do Arnaldo Jabor http://www.arnaldojabor.blogger.com.br/
*Blog do Bruno Mazzeo http://bloglog.globo.com/brunomazzeo/
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Postando para Yara Fonseca
O blog português é estranho, com aqueles seus gráficos complicados, sem legenda, sem comentário, sem nada. Parece aquela prova de geografia de um professor bem sacana, não entendi o porquê de tudo isso. Acredito fielmente que os portugueses ja estão acostumados e por isso, tal atitude não é ruim para eles.
Já Miriam Leitão me lembra as aulas de economia, em alguns pontos posso ficar perdida, mas no fim consigo entender tudo porque sei que ali quem está falando é alguem que domina e muito o assunto. Miriam não fica presa a apenas recados, ela comente e muito. O seu blog é super opinativo, com alfinetadas nos momentos certos e nas pessoas certas.
Acho que a economista brasileira entendeu melhor o significado de um blog, que pra mim é um espaço para você divulgar sua opinião e para que todos, digo todos possam ir lá, ler e comentar, seja positivamente ou negativamente.
No fim, gostei dos dois blogs, mas acredito que o brasileiro se deu melhor nesta disputa.
YARA FONSECA
Economia que move o mundo
Blogs de economia
Arthur Flach
é muita economia neste meu Brasil
Chato a ponto de fazer um simples comentário, sem voltas, sobre os dois blogs selecionados. Não cabe à minha pessoa escrever sobre este vasto assunto, nas mais profundas filosofias deste mundo, sobre "o que é economia".
Quanto aos blogs, posso dizer.
Começando pelo "Pura Economia". O nome é auto explicativo: economia do início ao fim. O autor, intitulado de J.A.Aldeia, entende do assunto e o mais importante: gosta de economia. O fato de utilizar sempre imagens que ilustram as postagens faz com que exista uma antecipação de qual temática será explorada no post. Há sempre gráficos e "print screen" de jornais e revistas, o que garante uma certa credibilidade. Ele escreve livremente sobre o assunto, mas mostra de onde vieram suas idéias. Com isso, facilita muito a leitura de internautas que não sabem muito sobre economia. Além disso, a ordem da narrativa dos posts, como "início, meio e fim" fazem com que o assunto de contextualize melhor, no meio de tantas atualizações.
E pra quem gosta e se interessa pelo assunto, há uma lista de outros blogs, alguns sobre economia, outros não, mas que não deixam de ser interessantes.
A jornalista Míriam Leitão tem um blog que na verdade é uma extensão virtual do que ela escreve na sua coluna do jornal "O Globo". Como jornalista, atualiza seu site com notícias factuais, e como o suporte da internet permite, explora bastante os recursos audiovisuais, como vídeos de entrevistas e comentários de rádio. O que eu acho incrível é a possibilidade do blog tem de dividir os assuntos postados como "marcadores". Poucos usuários sabem dessa possibilidade e neste blog, a Míriam utiliza muito bem dessa ferramenta, o que facilita e adianta o conteúdo do assunto postado. Ótimo para se manter atualizado sobre o assunto.
Ambos os sites mostram que, o fato de "economia ser chato", não é motivo de não ser tema de blog para ler e discutir.
Lorena Martins
domingo, 24 de maio de 2009
Economia pra quantos?
Contudo, o que se vê frequentemente são repetições. Repete-se o noticiário da manhã; a crítica polêmica, seja ela bem fundamentada ou não; a fala do especialista (que é sempre o mesmo); a própria opinião, muitas vezes contaminada por boas doses de simpatia ou antipatia descabidas.
No caso do assunto “economia”, sei que existe a tentativa, por parte de alguns profissionais da área e principalmente jornalistas, de aproximar o assunto à população. Não é fácil, mas acredito que seja mais do que necessário.
Observando os blogs em questão (o da colunista Miriam Leitão e o “Economia Pura”), creio que muito ainda há de ser feito nesse sentido. Por mais que o “economês” venha sendo simplificado, as notícias sobre economia ainda são produzidas quase que exclusivamente para empresários e investidores entendidos do assunto.
“Economia Pura”, por exemplo, parece ser alimentado em muitos casos por matérias de veículos especializados. Apesar de algumas delas serem comentadas, ainda não trazem esse olhar diferenciado. Quanto a esses comentários, o fato de não saber exatamente quem era o "blogueiro" me incomodou e fez com que eu, inconscientemente ou não, lesse com certa desconfiança.
No blog da Miriam, o incômodo era outro. Seu tom “juíza” em alguns artigos incomoda. O uso, em alguns casos, de adjetivos e colocações carregadas por simpatias e antipatias, que parecem pessoais, não contribui para sua credibilidade, nem parece acrescentar pontos relevantes ao tema. Talvez ela tenha essa licença, já que estamos falando de artigos publicados em um blog, mas pela projeção que tem, creio que deveria ser mais cautelosa. Tentei ler os comentários (que chegam a ser muitos em alguns artigos), mas não estavam disponíveis.
“Miriam” e “Economia Pura” se encaixam na situação que mencionei no começo: falam da economia como ela sempre foi e continua sendo falada: para a elite, seja ela financeira ou intelectual.
Quando começaremos a escrever pensando nos diferentes públicos e em suas necessidades e interesses?
Contextualizando para (tentar) entender
Existe resposta para essas perguntas? Objetiva e imediata, acredito que só para a primeira.
Antes de lermos qualquer texto, ainda mais quando este é publicado num espaço que permite ao autor, entornar seu ponto de vista (ou melhor, da subjetividade, para usar uma palavra já mencionada aqui neste blog), acredito ser importante conhecer o currículo (história?) de quem o escreve.
É aí que tudo se mistura. Miriam Leitão é jornalista. João Aldeia, licenciado em Economia. O poderia fazer esperar do segundo, um texto profundamente analítico, cheio de números, equações, combinações, balanços e teorias. E da jornalista, uma escrita que se aproximasse ao máximo do leitor comum, aquele que se sente pouco íntimo deste assunto tão complexo que é a Economia. Ou seja, um texto simples e de leitura rápida. Consequentemente, atrativo.
Mas o que se pode perceber (e o que também já foi falado por alguns aqui neste blog), em algum momento, é o contrário. A página virtual de Miriam Leitão apresenta um texto que requer um mínimo conhecimento prévio dos acontecimentos mundiais de ordem econômica e até mesmo política. Enquanto João Aldeia parece tratar em seu blog, Pura Economia, dos mesmos acontecimentos, de uma maneira coloquial, próxima do nosso cotidiano (ainda que utilize alguns recursos de não tão fácil entendimento, como gráficos e tabelas). Aquele internauta que anda por fora dos assuntos em pauta no universo econômico e político, não terá tanta dificuldade em compreender o que o autor escreve. E poderá, assim, atualizar e se informar ao acessar seu endereço virtual.
Será que vale pensar que, pelo fato de João Aldeia ter uma formação específica, ele tem também um cuidado maior no modo de levar todo seu conhecimento às pessoas? Talvez. Impossível não lembrar da ressalva (apontada também nos dois posts abaixo) feita pela professora do curso de Jornalismo, não uma jornalista econômica, e sim uma economista. “Economia é uma ciência social!”. Pode ser que isso faça com que todos estes profissionais tenham tal preocupação. E ao escrever e falarem desta ciência, tentem facilitar ao máximo a sua compreensão.
Outra questão que acredito ser válida apontar, refere-se ao tipo de linguagem adequado a cada veículo de comunicação. Miriam Leitão também atua em rádio, televisão e jornal. Costumo ouvir seus comentários na CBN. Ao conversar com o âncora do jornal da rádio, Heródoto Barbeiro, a jornalista também parece estar conversando com o ouvinte. O comentário tem um tom coloquial, e é, por isso, acessível ao cidadão comum. Eu sei que a CBN tem um público definido, e que não é todo mundo que escuta a rádio. Mas como este é, talvez, o veículo mais presente nos lares brasileiros, é importante que, assuntos não só como a Política e Economia, mas também, Saúde, Educação, até Cultura, sejam tratados, no rádio, de forma simples e clara. Pois quase toda família deve ter, pelo menos, um aparelho de pilha em cima da geladeira. E através dele, entreter-se e saber o que acontece no mundo.
O interessante da economia
Economia só não interessa para quem não a entende. Se todos gostam de dinheiro, porque poucos gostam de economia? Ao produzir esse post, me deparei com essa pergunta.
Acredito que a resposta reside na pouca relação que as pessoas (e inclua-se aí os estudantes de jornalismo) fazem entre a taxa selic, o fluxo da balança comercial e os índices da inflação com o preço do pão e do leite. E não digo isso recriminando, é realmente difícil encontrar essa relação, e nesse sentido o Blog da jornalista Míriam Leitão pouco ajuda aos "ignorantes econômicos". Os textos são claramente dirigidos a pessoas que vivem a economia na pele, empresários, investidores e provavelmente outros economistas. Não que sejam confusos, simplesmente não são acessíveis a todos, talvez pela ideia (equivocada ou não) de que o jornalista econômico escreve para um público especializado.
Não entendo porque o público dos economistas é tão restrito. Por quê não é relevante para um taxista, por exemplo, o movimento das bolsas, se com um investimento mínimo de cerca de 1000 reais esse simples motorista pode se tornar um dos milhares de donos da Petrobras? Uma das maiores empresas mundiais em valor de mercado e que produz o combustível que move seu ganha pão. Parte da resposta mora no fato de que o brasileiro investe mal. Nosso povo acha mais seguro abrir uma micro empresa (pizzaria na garagem, lavanderia no quintal) que segundo dados do Sebrae tem um índice de falência superior a 80% nos primeiros três meses, do que investir em ações da Vale. O mundo econômico continua muito distante de quem ganha dinheiro com suor.
O Blog Pura Economia tenta aproximar esses dois universos. Por não discorrer (contrariando seu próprio nome) apenas sobre economia, este Blog me parece mais palatável a quem não tem a menor ideia do que é a balança comercial internacional. O Pura economia mostra que tudo na sociedade moderna passa pela economia. Alguns posts guardam o ranço confuso da economia especializada estilo Bloomberg, mas me parece um avanço que o Blog contenha um post, por exemplo, chamado "A Economia em Pessoa" que mostra a curiosa relação do poeta português Fernando pessoa com essa Ciência Social confusa, que muitas vezes é confundida com pura matemática.
Aos interessados em entender o porque da importância de entender o mecanismo econômico que rege, para o bem ou para o mal nosso modo de vida, sugiro esse vídeo de uma fundação americana chamado o segredo das coisas, onde se discute o modelo econômico que vivemos.
http://www.youtube.com/watch?v=lgmTfPzLl4E
Sugiro também o interessantíssimo post sobre Fernando Pessoa e a economia, no Blog Pura Economia.
O blog da Miriam Leitão e o blog Pura Economia tratam exatamente este tema, mas de diferentes formas.
Miriam Leitão em seu blog apresenta assuntos de economia de forma jornalística, porém opina bastante em seus textos deixando a imparcialidade somente em algumas postagens. A colunista trata dos assuntos de economia de forma clara, apesar de utilizar muitos termos específicos e sempre retoma um tema já discutido. Seu blog que é atualizado freqüentemente conta com mais de uma postagem por dia, ao contrário do blog “Pura Economia” que é menos atualizado e que tem “economia” como tema central.
O blog “Pura Economia” utiliza gráficos, imagens e vídeos o tornando mais atrativo instigando a curiosidade do leitor. Sua linguagem é de fácil entendimento e as postagens mostram como a economia está interligada em diferentes assuntos.
O tema economia que parece ser um tema chato e cansativo pode passar a ser algo interessante para o leitor, basta buscar a forma de abordagem que mais lhe agrada.
A vez da economia
Ao imaginar o estereótipo do leitor do blog de Míriam Leitão, não consigo fugir da imagem de um empresário, investidor ou jornalista – enfim, alguém que vive muito de perto o dia-a-dia da economia e o entende razoavelmente bem. A situação, possivelmente, se modifica se pensarmos no público de Pura Economia: talvez encontremos mais leigos, pessoas que buscam informação de economia assim como procuram se informar sobre cultura ou política.
E a Míriam Leitão que encontro no blog – existente desde 2006 – apresenta uma linguagem bem diferente da que estou habituado a vê-la usar no “Bom Dia Brasil” e na CBN. Mas acho que a jornalista pode “se dar ao luxo” de investir em um linguajar mais sofisticado ao assinar suas colunas em jornais (reproduzidas diariamente no blog), pois convenhamos que, para os leitores dela que têm conhecimento vasto de economia, seria frustrante encontrar no espaço autoral de Míriam – uma referência no tema – apenas o “feijão com arroz” entregue ao grande público da TV e do rádio.
Para esses “escolados” no assunto, o blog de Míriam deve ser um endereço para ser acessado várias vezes ao longo do dia, já que traz um bom panorama de notícias. Proposta diferente da de Pura Economia, criado em 2004, cuja principal meta, nem de perto, é manter o leitor atualizado com os fatos da hora. Mesmo que o blog não seja “pura economia” o tempo todo, suas incursões por outros temas são muito válidas e acrescentam ao debate informações que, por vezes, influenciam ou modificam os rumos da economia.
No semestre em que a nossa turma tem o primeiro contato com a Economia na universidade – e na semana em que nos preparamos para mais uma avaliação da temida disciplina –, considero muito oportuna a avaliação dos dois blogs. Principalmente se nos lembrarmos que caberá a nós, futuros jornalistas, muito em breve, “decifrar”, “traduzir” e transmitir informações de economia, adequadas ao público, sem resvalar na condenável (e terrível) “comunicação que não comunica”.
Tem que existir um atrativo para que a população procure saber mais sobre o tema, e é o que tem acontecido nos dias de hoje com a crise internacional. Preocupados com a dimensão do problema, todos querem saber uma forma de lidar com ele, mas pra isso tem que conhecê-lo.
Acredito que no site da Mirian Leitão, essa conexão aconteça mais facilmente, uma vez que suas postagens são diárias não deixando escapar nenhum assunto, já no Pura Economia, as atualizações acontecem com um espaço de tempo bem maior, chegando as vezes a um comentário por mês, e no de Miriam, são mais de um por dia.
Outra grande diferença entre os sites são os recursos usados. Mirian praticamente fica só em textos e o Pura Economia em imagens (gráficos, vídeos, etc) e essas são retiradas de terceiros e nem são comentadas por João Aldeia. Ele deixa a idéia solta para que os leitores tomem suas conclusões e isso quando param para pensar no assunto. Já no de Mirian aborda o tema até o fim, dando todos os detalhes e ainda expõe sua opinião.
No meu caso me interesso mais pelo de Mirian, que coloca seus argumentos e se você não concorda escolhe o seu. E sendo assim ficamos conhecendo outro ponto de vista. Já o Pura Economia vi apenas como um recorte, uma cópia de outros jornais e revistas, e nada mais.
Rafaela Morandi
O Blog “Pura Economia” possui uma linguagem mais simples, com textos e análises mais acessíveis. Não possui um raciocínio técnico, há muitas enquetes, gráficos e desenhos demonstrando as pesquisas na área econômica, além de, postar comentários sobre assuntos que, aparentemente, em uma primeira impressão, não parece ter ligação com economia, mas que mostra com clareza, depois de uma leitura, a relação do que é discutido com o tema. Há muita informação, mostrada através de vídeos, textos jornalísticos, entrevistas, tudo de uma forma mais leve.
Já o Blog da Miriam Leitão há um propósito jornalístico, mostra o acompanhamento das bolsas de valores, possui comentários sobre as variantes econômicas, as decorrências e conseqüências da crise na economia brasileira, etc. São análises mais formais e complexas, com uma natureza um tanto quantitativa. Porém, apesar de ter uma boa dosagem de termos técnicos, que muitos leigos no assunto não entendem, os textos são claros e objetivos. É um trabalho bem parecido com os trabalhos da autora do blog na rádio “CBN” e no jornal “O GLOBO”. Um blog mais voltado para quem gosta de acompanhar todo o processo e variações no gráfico das economias em gerais.
As atualizações do “Pura Economia” não são muito freqüentes, mas é um trabalho super válido para quem pretende começar a acompanhar o tema, cumprindo fundamentalmente o seu papel. Em contrapartida, o blog da Miriam é atualizado freqüentemente, mais de uma vez ao dia e, os textos e vídeos postados são veiculados no telejornal Bom Dia Brasil e na rádio CBN, textos altamente informativos e jornalísticos.
Economia virtual
Ninguém pode negar que a linguagem econômica requer todo tipo de conhecimento mais aprofundado e, por isso, muitos não se interessam, mas com o surgimento da crise econômica a população teve necessidade de se envolver e procurar saber mais, por medo do desemprego, das perdas salariais, o aumento dos juros etc.
Para minha surpresa, ao pesquisar o blog de Miriam Leitão, presenciei uma linguagem direta, acessível e bem elaborada, ou seja, a economista preocupasse em passar uma informação rica para melhor entendimento do internauta. Ao mesmo tempo em que seu texto apresenta um conteúdo de informações atualizadas e técnicas, Miriam acrescenta suas críticas e declarações.
Para fisgar a atenção de todo internauta, um blog deve apresentar alguma informação visual, de inicio, para que depois, este mergulhe no conteúdo. O que foi perceptível no blog “Pura Economia” onde as informações econômicas focam-se na economia Européia, além da abordagem mundial.
O blog de J.A. Aldeia apresenta muitas informações visuais para captar o interesse do internauta, em contrapartida, deixa o leitor virtual tirar suas próprias conclusões de um gráfico extremamente complexo, para leigos no assunto. Ou seja, desperta o pensamento deste navegador e o deixa sem qualquer tipo de explicação posterior, tirando assim todo tipo de interesse que surgiu através da imagem colocada. Além do mais, seus textos não apresentam termos técnicos, nem estatísticos, buscando com isso, talvez, uma maior interatividade.
Mesmo com essas diversidades, os dois blogs possuem o mesmo objetivo, de chamar a atenção do internauta para um assunto globalmente discutido.
Andrezza Rocha
No final a crise prevalece...
Economia
Cegueira Próxima
Postando para Gilberto Ribeiro
Já Miriam Leitão é muito mais direta, fala o que tem que falar, doa a quem doer. A renomada economista brasileira expõe sua opinião sem medo de errar, falando sobre a economia nacional com prioridade de quem domina tudo do assunto. Sobra até para o nosso querido presidente Lula, que ao contrário do que manda a regra de que calado de só perde no bingo, abre a boca na Turquia, fala o que não devia e acaba escutando o que não quer. Miriam Leitão pode pecar em alguns aspectos, como o uso exagerado de termos econômicos pouco conhecidos da maioria, mas no geral fala muito bem e o seu blog é o resultado disso, com um post seu chegando a ter mais de 150 comentários.
Falar de economia nunca é fácil, mas ambos os blogs cumprem bem o seu papel, fica a dica, se quiserem saber mais, pode entrar nos dois que eu aconselho.
GILBERTO RIBEIRO
Diego Scorvo
E ai que eu quero chegar, partindo do ponto de análise dos dois blogs, penso uma coisa sobre essa importante mídia, que ao meu ver, cada vez mais afasta os estranhos. Como o público dos blogs é conhecido, não existe uma preocupação em escrever de uma forma diferente, na tentativa de atrair novos "consumidores". Não acho isso errado, se é possível escrever o que quiser e mesmo assim ter um púbico fiel, ótimo, sonho da maioria das pessoas. Imagina um diretor de cinema com total liberdade criativa? Sem nenhum grande estúdio para meter o dedo ali e aqui.
O blog oferece isso, é a liberdade total. Pode falar o que quiser, quando quiser. Se não gostarem, podem falar mal ali mesmo, tem espaço para isso. Miriam Leitão crítica as declarações e atitudes do nosso presidente, logo abaixo, há 174 comentários sobre o seu post. Dos 174, muitos concordando, muitos criticando. Aposto que dos 174, 150 vão continuar lendo o seu blog, porque sabem que os seus posts vão seguir está linha porque existe a tão sonhada liberdade criativa. Isso, só o blog pode oferecer.
Analisando separadamente cada blog, vejo o da Miriam Leitão como um lugar muito mais opinativo. A linguagem é mais simples e mais abrangente. Claro que ali está uma economista renomada, que escreve para os veículos de imprensa mais importantes deste país. Miriam esbanja sabedoria. A economista domina o que escreve. Tudo pode parecer difícil, mas você sabe que está lendo algo real e importante nas suas palavras. Do outro lado do ringue, está o blog português Pura Economia, que se mostra bem diferente do blog da Miriam. Dando espaço para gráficos, reportagens e notícias, o blog se mostra mais diversificado, mas menos opinativo. Acho uma fonte de informação interessante, que visa buscar todas as formas possíveis para se passar uma informação. É um blog mais antenado com as novas mídias.
Ao fim desta análise, volta aquela minha primeira idéia presente no meu comentário, que a economia fala uma língua diferente da normal, e por isso afasta os seus leitores menos fieis. Acho que entregar tudo muito mastigado é ruim, é cómodo. Ao ver mais de perto estes dois espaços virtuais, percebi que o blog português fala um “economes” mais rebuscado, muito pela alta escolaridade da sua população, que não é grandes coisas comparada as nações européias, mas perto da nossa, ganha de goleada.
No fim, acho que o problema está nos economistas e na população, um não abre mão da sua linguagem e o também, mas com grandes diferenças de qualidade. Não há ninguém certo nesta luta, só derrotados.
DIEGO SCORVO
Balanço dos Blogs
Os blogs propostos abordam um tema que está presente na vida de todos, seja direta ou indiretamente. Para o primeiro grupo, aqueles que buscam economia mais a fundo, o blog da Míriam Leitão é o que irá atendê-lo mais completamente. A colunista usa o espaço para expressar sua opinião em cima de noticias publicadas nos veículos tradicionais em que atua, a citar a rádio CBN e o jornal O Globo, onde é inapropriado haver subjetividade. Apesar da credibilidade adquirida por Míriam diante de grande parte de seu público nos veículos tradicionais (rádio e TV), seu blog é direcionado a um leitor com um maior entendimento do assunto e economia não de grande interesse e/ou fácil compreensão para muitos. A blogueira usa em seus textos termos técnicos e formais e opina sobre as atualizações constantes presentes no mundo econômico. Enquanto isso de forma mais clara o blog Pura Economia aborda não tanto o estudo da economia, preza mais a analisar a influência da economia na sociedade e vice-versa, ilustrando suas publicações com imagens mais descontraídas e vídeos. Tecnicamente o blog da Míriam Leitão abriga uma maior presença de infográficos e conteúdos de outras mídias do grupo ao qual pertence. Como todo o mundo econômico, as atualizações do blog da Míriam são constantes, mais de uma vez por dia, já o Pura Economia possui uma periodicidade mais ou menos semanal.
Walisson Felipe Mendonça
Comentários blogs economia
Economia é uma área de constantes modificações, que são ainda mais significativas em período de crises. Os meios de comunicação têm buscado trabalhar o tema com mais dinamismo na busca de tornar a compreensão mais fácil, menos técnica para aquele que não tem conhecimento a respeito.
O blog da Miriam Leitão tem um conteúdo jornalístico, mais relacionado ao acompanhamento das bolsas de valores e as decorrências da crise na economia brasileira, realizando comentários sobre as variantes econômicas. Os textos e vídeos postados são veiculados no telejornal Bom dia Brasil, na rádio CBN e atualizados diariamente no blog.
Já o blog Pura Economia aborda o conteúdo com textos informativos, mas apresentando os outros aspectos que podem afetar a economia como, a saúde e o consumo. O blog utiliza de ilustrações e gráficos para complementar o conteúdo, e os vídeos postados são retirados do you tube, diferentemente do blog da Miriam que tem vídeos com altíssima qualidade produzidos pela rede Globo. A atualização do conteúdo não é feita com tanta freqüência. A criação de blogs sobre esse assunto é uma iniciativa muita válida.
Mariane Schmittd
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Postagem de Renata Marinho
Formalidade no sentido técnico que ela utiliza em seus comentários, a forma que ela define situações, e utiliza os termos da teoria econômica.. Eu acredito que o público que procura esse tipo de blog, é pequeno e seleto. Economia infelizmente não é um assunto tratado por grande parte da população do país. Fica nítido que ela ou seu colaborador fiel Leonardo Zanelli , escrevem seus comentários pré-supondo que seus leitores têm conhecimento aprofundado sobre economia.
De certa forma, isso é um erro, pois dessa maneira que os temas são abordados e apresentados, Míriam Leitão acaba afastando as pessoas comuns, que buscam informação a respeito, mas acaba desistindo depois de ler alguns trechos e não entender nada. Na minha concepção é um blog que oferece pouco, devido as expectativas por ser a Míriam Leitão. Eu admiro ela como profissional,em seus trabalhos, como por exemplo sua participação no jornal da manhã, e seus comentários na rádio CBN, porém seu blog deixa muito a desejar.
O blog Pura Economia é o oposto do blog da Míriam Leitão. O blog apresenta os assuntos relacionados a economia de forma mais “leve”, mais acessível. Além da linguagem ser mais usual, o blog trás muitas enquetes, e demostração de pesquisas representadas por gráficos e desenhos. Outra diferença, seria que o Pura Economia posta comentários sobre outros assuntos que de uma certa forma acabam se interligando com a economia. Da acesso a vídeos, e produz textos jornalísticos, com entrevistas, e muita informação. De fato o Pura economia não aborda essencialmente a economia, como acontece com o blog da Míriam Leitão. Aí fica a escolha dos navegantes, se inteirar essencialmente da economia, suas bases, e acontecimentos mais recentes na visão de uma profissional bem sucedida e respeitada, ou buscar um blog alternativo que não tem a mesma visibilidade ou espaço, porém cumpre fundamentalmente o mesmo papel.
Economia para poucos
Em primeiro lugar, é importante falar um pouquinho sobre o tema desses blogs, que é um tanto delicado. Economia não é um assunto que agrada a muitos, seja pelo simples desinteresse da maioria, seja pela dificuldade em compreender a lógica operacional do seu sistema de funcionamento. Por outro lado, economia não poderia ser um tema mais relevante, dada a mercantilização crecente de toda cadeia social, que a cada dia vivencia um novo apogeu nesse processo. Hoje, economia não é só dinheiro, mas também – e principalmente – poder. Sua extensão e atuação como agente superestrtural na vida privada de todos os indivíduos fazem dela uma força onipresente contra a qual pouco ou nada podemos fazer. Assim, surge o desinteresse em compreendê-la, devido a essa distância tão grande do homem comum.
Nesse ponto, o blog “Pura Economia” ganha alguns pontos. Seus textos e análises são acessíveis para aqueles que não são familiarizados com o assunto, sem serem com isso superficiais. Digamos que nesse caso, a economia é tratada por uma perspectiva mais qualitativa e panorâmica, o que permite a elaboração de raciocínios mais lógicos e menos técnicos.
Míriam Leitão, por outro lado, realiza análises e comentários complexos, baseados numa abordagem específica do tema, de natureza bastante quantitativa. Entretanto, sua linguagem não é rebuscada, seu texto é claro e explicativo. Tudo que o leitor precisa para obter as informações é disponibilidade de ler os posts, que são inclusive bem numerosos. O blog é na verdade uma compilação dos trabalhos da jornalista na rádio "CBN" e no jornal “O Globo”, além das informações adicionais que são oferecidas ao leitor. No endereço podem ser encontrados ainda vídeos, áudios, colunas e outras ferramentas que enriquecem o conteúdo do blog. Ao contrário do “Pura Economia”, a página de Míriam Leitão é voltada para quem gosta de acompanhar a montanha-russa da economia mundial, para aqueles que precisam estar por dentro desse movimentado mundo que determina a prática tantos negócios.
Fica então uma dica: se você gostou do “Pura Economia”, você pode acompanhá-lo com apenas uma visita semanal, já que as atualizações não são regulares por lá. Para se ter ideia, durante todo o mês de Abril houve apenas uma postagem. Agora, se você gostou do blog da Míriam, entre no mínimo duas vezes por dia, ou do contrário, você terá uma grande carga de leitura na próxima vez que for acessá-lo.
Obs.: Deixo a sugestão de um blog sobre economia que eu gosto muito. O nome dele é Economia Digital. Vou deixar o endereço de um post de Abril desse ano que tem muito a ver com as nossas aulas. Ele relaciona economia com as novas redes socias.
http://gersonrolim.blogspot.com/2009_04_01_archive.html
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Economia
Os blogs Pura Economia e Miriam Leitão tratam do assunto com facilidade e competência. Mas apesar de tratarem do mesmo assunto, apresentam várias diferenças técnicas. Miriam Leitão trabalha mais o andamento das bolsas, a crise e a opinião de quem está no governo. Já o outro blog é mais abrangente, aborda o comprometimento da economia pelo alastramento de doenças, fala de consumo, de planos do governo.
Além da abrangência dos temas abordados, outras diferenças se referem às mídias utilizadas. Os dois blogs utilizam gráficos e vídeos, porém Miriam os disponibiliza com muito mais freqüência, em compensação Pura Economia utiliza mais imagens ilustrativas.
terça-feira, 19 de maio de 2009
18/05 à 22/05
Segue os sites para análise até a sexta feira.
A forma de postar, já sabem, né? (ou espero)
Blog da Miriam Leitão: http://oglobo.globo.com/ECONOMIA/MIRIAM
Pura Economia: http://puraeconomia.blogspot.com
Boa leitura/análise à todos e aguardamos uma melhor interação.
Até mais.
sábado, 16 de maio de 2009
Regra número 1: interessar
Outro dia comentávamos na aula da professora Rita Louback, de Assessoria de Comunicação, uma característica básica que qualquer instrumento de comunicação precisa ter como meta, se deseja ter sucesso: deve, antes de tudo, interessar. É engraçado como essa premissa tão elementar pode passar despercebida, neste mundo feito, cada vez mais, de jornalismo institucional e rotina maçante de redação.
A discussão pendeu para o mesmo lado em uma aula da professora Daniela Serra, de Cibercultura e Jornalismo Digital, quando se falou sobre a chave para a eficácia da publicidade no ciberespaço: só será bem-sucedida se der conta de avaliar primeiro os interesses de seu público, para depois oferecer produtos e serviços.
Interessar. Eis a questão. Talvez seja essa falha que desqualifique o Objetividade Criativa. Parece-me pouco provável que uma coletânea de comentários de pessoas pouco ou nada habilitadas (entre as quais me incluo), que se propõem a dissecar, julgar, analisar, elogiar ou criticar espaços da Internet – no caso, Canto do Inácio e Cinema com Rapadura –, pareça produtiva e desperte vontade de ler. Se bem que, surpreendentemente, é possível encontrar na rede públicos para os mais diversos – e exóticos – tipos de produtos (até mesmo, sabe-se lá, para este blog experimental de alunos de Jornalismo)...
Escrevo isso porque considero que a credibilidade da fonte, mesmo na era virtual, é um fator preponderante na legitimidade que o leitor vai conferir ou não a determinado emissor. É justamente esse critério que conta muitos pontos a favor de Canto do Inácio – e coloca o seu “nível de interesse” nas alturas. Ainda que o endereço do crítico na plataforma Blogspot – como já apontado por tantos aqui neste blog – tenha falhas, é incontestável a sua legitimidade. Afinal, trata-se – goste-se ou não – da produção do crítico de cinema do jornal mais respeitado do país, a Folha de S.Paulo.
A quantidade de comentários é pequena, principalmente se compararmos o blog “marginal” de Araújo com o “oficial”, hospedado no portal UOL, pertencente ao Grupo Folha. Mas, se observarmos com atenção o nome dos leitores que opinam sobre os posts, veremos que o crítico tem um público fiel, mesmo que sua frequência de postagens no blog nem chegue perto da média de 15 notícias diárias do Cinema com Rapadura.
Não quero, entretanto, cair na arriscada tentativa de comparar Canto do Inácio e Cinema com Rapadura. São espaços bastante diferentes, tanto na origem, quanto na forma e na dinâmica de funcionamento, apesar de abordarem o mesmo assunto. O que deve ser levado em consideração é que as características dos dois podem, cada vez mais, se mesclar, beneficiando autores e leitores.
Isto é: nada impede que Inácio Araújo torne seu blog mais atrativo aos olhos dos internautas ligados em hipertextualidades e hiperlinks diversos, inserção e valorização das imagens, atualizações mais constantes. Já a equipe do Cinema com Rapadura poderia ganhar audiência se investisse na elaboração de mais conteúdo próprio, para que, aos poucos, construa e qualifique seu público. Como disse, não me considero apto a indicar “caminho das pedras” para ninguém, mas acredito que essa pode ser uma alternativa para o crescimento desses dois ambientes de discussão da sétima arte.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
O que realmente importa
Um site e um blog. Notícia (o ponto forte, em uma rápida e primeira analisada) e crítica. Por que o público dos dois não pode ser o mesmo? Afinal, são endereços na rede, em que se encontram textos sobre o mesmo assunto, cinema. E cinéfilo que é cinéfilo, acredito eu, lê de tudo, não deixaria de lado um site, por este apresentar um viés menos crítico, mais objetivo e mais comercial. É como (deve ser) o jornalista. Um profissional que tem interesse em conhecer tudo, inclusive aquilo com que não se identifica.
Inácio Araújo carrega o título de crítico. Mais que isso, crítico da Folha de São Paulo. O que assusta. E faz com que algumas pessoas, de cara, já criem alguns rótulos para ele. Mas a linguagem textual de Inácio é acessível. Não é hermética.
Quem realmente gosta de cinema, ou até mesmo caiu ali naquela página de para-quedas, conseguirá absorver o essencial. Mesmo que não tenha assistido ao filme analisado. E outra: crítica é para ser lida depois de conhecer a obra. Não antes. Ela não deve ser entendida como uma orientação do tipo “assista a este e não àquele filme”, e sim como um ponto de vista de uma pessoa que estuda e tem conhecimento necessário para abordar determinado assunto.
Dessa maneira, quem assiste a um filme e lê a crítica deste mesmo filme no “Canto do Inácio”, não terá dificuldade em compreender, pelo menos, a ideia principal do autor.
Já a linguagem visual, dispensa comentários. É coerente com a proposta do blog. Porque o que tem que ser destacado ali são os textos e não as imagens. Embora estas, cada vez mais, ganhem importância no jornalismo e têm capacidade de informar tão quanto a escrita. Outra característica que chama a atenção no texto de Inácio Araújo é o tamanho. Mais adequado à internet, impossível (apesar de serem produzidos para uma publicação impressa). Não são longos, o que facilita e pode contribuir para que o blog ganhe mais leitores. Afinal, nesse universo online, as pessoas raramente param para ler textos extensos, dada a quantidade de informação disponível.
O portal “Cinema com Rapadura”, uma revista virtual especializada, e o blog “Canto do Inácio” se comunicam e se assemelham em suas diferenças. Se o primeiro tem um perfil mais jornalístico e o segundo não está amarrado a técnicas, o que realmente importa (e o que me faz pensar ao acessar os dois endereços) é que seus "donos", muito provavelmente, apaixonados pela sétima arte, encontraram na web (mais) um lugar para dar vazão às suas palavras.
Enquanto no primeiro a quantidade e a variedade de informações, opções, cores e participantes chamam nossa atenção, no segundo nossos olhares se voltam prioritariamente para o conteúdo: coleção de textos do crítico publicados no Jornal Folha de SP
Para uma comparação mais uniforme, busquei analisar, então, o que site e blog têm em comum: críticas de filme.
Com textos na sua maioria curtos, Inácio Araújo conseguiu, em alguns deles, mostrar ângulos até então não observados por mim. Senti certa sensibilidade e perspicácia, agregada a um distanciamento do autor, ao fazer uma sinopse ou uma crítica dos filmes. Ponto para ele. Conseguiu me prender como leitora até o fim dos textos.
Já as críticas publicadas no site são mais longas, e com muitos detalhes sobre o filme. Achei alguns textos grandes demais (não consegui chegar até o final), e em todos senti um certo tom “apaixonado”, o que não necessariamente seja ruim. No caso do site, considero como ponto forte o fato de ser “feito” por muitos. Gostei, por exemplo, de poder ler a crítica ou a opinião de mais de uma pessoa sobre determinado filme.
O Site agrega matérias jornalísticas, englobando temas atuais sobre cinema. Ele é mais completo, pois oferece ao internauta a programação dos filmes, interatividade através de enquetes opinativas e Trailers. Já o Blog é mais opinativo que informativo. Ele relaciona texto e imagem e permite ao leitor a participação através dos comentários.
Para quem deseja ficar por dentro das últimas notícias sobre cinema o site " Cinema com Rapadura" é uma excelente opção, mas se você quer aprender mais sobre os sucessos que marcaram história, visite o "Blog do Inácio"
Nathalia Freitas
Postando para Yara Fonseca
Acho que ambas as mídias são necessárias, é preciso diversidade, e a internet é o lugar mais apropriado para isso. Acho que o Inácio poderia ser um pouco mais tolerante a críticas e novas idéias. Nem tudo que ele acompanha é bom e nem tudo que ele odeia é ruim, acho que ninguém é o Senhor da verdade.
Ao Cinema com Rapadura, acho que falta sair um pouco dessa veiculação de notícias, isso é muito pouco para um site com as estrutura deles. Cabe mais comentário, mais opinião. Acho que eles são capazes de fazer isso.
Yara Fonseca
Sessão da tarde
Já o blog "Canto do Inácio" ganha pontos em suas críticas e opiniões. Mas acho que peca um pouco por ser muito estático. Não exite muita interação, são apenas as fotos e textos.E o tema "cinema" precisa de uma movimentação.
Mariana Garcia
Postando para Gilberto Ribeiro
Ao contrário do blog de Inácio de Araújo, o “Cinema com Rapadura” é um blog muito mais informativo e, na minha opinião, completo. Nele encontra-se maior número de filmes e é mais fácil procurar as informações desejadas.
A interatividade de ambos é fraca e fica restrito ao leitor a participação através de comentários.
Gilberto Ribeiro
O Canto do Inácio é um blog técnico, que visa - se realmente visa - um público bem limitado. Eu diria que Inácio Araújo criou o blog para si próprio, um lugar para guardar sua publicações (melhor que recortar e guardar no fundo do armário acumulando traças e poeira). Visto que seus artigos têm média de 1 ou 2 comentários eu diria que o blog é bem pouco acessado. Não é o tipo de blog que me agrada. Apesar dos textos serem curtos (textos curtos cansam pouco as vistas e estimulam as leituras online), eu prefiro análises que não destrinchem demais o que está implícito, pois o que está implicíto é sempre passível de erros. Penso que o implícito é pra ser discutido e não afirmado. Deixo claro que não estou criticando-o, afinal ele sempre apresenta argumentos sólidos e tem grande conhecimento de cinema (e ainda escreve pra Folha \o/), mas prefiro artigos mais simples. Também vale lembrar que o simples talvez não caiba dentro de filmes comos os de Scorsese e Hitchcock. Não é meu tipo de leitura, mas com certeza agrada pessoas que gostem de análises mais complexas.
Por fim, recomendo a navegação em ambos (mesmo que seja por apenas uma vez). O primeiro, um site para todos que gostam de filmes. O segundo, para aquele cara mais chato (lol!), ou para o CDF da turma que quer impressionar o professor =D, ou então, simplesmente para quem gosta de uma leitura que esmiuça o que passa batido nas telas.
O “Canto do Inácio” tem uma estrutura mais simples, de fácil leitura, dá a sensação de um ambiente mais tranqüilo. Possui uma aparência muito simples e objetiva, o que faz com que a primeira impressão não seja de um blog sobre cinema. Em relação ao seu conteúdo são postagens que tem uma posição mais opinativa do seu autor, Inácio Araújo, em relação aos filmes em questão, abordando questões subjetivas e objetivas dos mesmos. É um site de análise do autor, que envolve críticas e opiniões que são feitas de acordo com critérios de relevância adotados pelo mesmo sobre determinados filmes e toda a sua construção.
Em contraposição ao primeiro, o site “Cinema com Rapadura” possui uma estrutura rica em imagens, textos, áudios e vídeos. Oferece um grande conteúdo informativo sobre tudo, ou quase tudo, relacionado a cinema (críticas positivas e negativas, trailers, notícias, análises sobre atores, vídeos, comentários, atrações relacionadas aos filmes, etc). É um site mais informativo que, aparentemente, privilegia mais a quantidade de informações ali divulgada. A interação ocorre através dos comentários e perguntas feitas pelos internautas.
São sites que abordam o mesmo tema, mas de formas completamente diferentes, um faz uma análise mais qualitativa de determinados aspectos dos filmes cinematográficos e, o outro, possui maior quantidade de informações sobre os filmes, quantidade essa que não peca nem um pouco na qualidade do que é divulgado.