segunda-feira, 8 de junho de 2009
Cada um usa um tipo de texto diferente, Nobat com seu estilo jornalitico, torna seu texto mais gostoso de ler, mesmo que o assunto abordado nao seja do interesse. Somente julgar outros partidos e na debater o que de fato importa, pois o PT tambem comete seus erros, é de extrema falta de criatividade.
OS blogs sao mais uma ferramenta para podermos entender o que se passa na politica, pois nao podemos ser alheios ao que acontece com o nosso país, mas devemos tratar de uma maneira que todos formem sua propria opniao para assim podermos lutar pelo que acreditamos.
Carolina Garcia
Analisando os blog do Noblat e o Língua de trapo
Lucas Assis
“Língua de Trapo” utilizando grande quantidade de imagens, utiliza seu espaço para trabalhar críticas sobre política demonstrando ser um petista que fica atento no que acontece em Minas “mostrando” as falcatruas no atual governo.
Os dois blogs permitem postagens de comentários apesar de que no blog do Noblat a pessoa deve ter cadastro para poder visualizar os demais comentários. Apesar de não agradar a todos, política é algo presente no dia-a-dia e deve ser vista de diversos pontos de vista, mesmo que cansativos ou engraçados.
Fabiana Santos
domingo, 7 de junho de 2009
Liberdade e padrão
Noblat é mais discreto, seus textos são variados, seguem o estilo jornalístico, mas demonstram sua simpatia pela direita.
Os temas diversificados, geralmente em forma de notícias ainda quentes, aliados à frequência de atualização (Noblat chega a postar 6,7 vezes ao dia) trazem a sensação de instantaneidade aos blogs, especialmente ao de Noblat.
Um ponto positivo para os dois é que se utilizam da ferramenta (nos dois casos, o blog), de forma produtiva. São enquetes, figuras, desenhos, fotos e vídeos e links. Muitos links. O Língua possui uma linguagem mais solta e irreverente. Noblat, a linguagem padrão dos blogs de “O Globo”.
O Língua destaca-se por ter conquistado a liberdade que tantos jornalistas gostariam de possuir em Minas. É uma tentativa de fuga, até o momento parece-me bem sucedida, da censura e influência do governador mineiro.
E, nesse sentido, talvez a perda da liberdade seja uma das principais desvantagens de um jornalista que possui o blog agregado a uma empresa jornalística, como é o caso de Noblat e outros blogs já comparados aqui.
Talvez pudéssemos arriscar dizer que um dos blogs analisados é a quebra. O outro, a continuidade. Mas o que seria de nós se tivéssemos apenas um lado da história?
Melhor termos todos os lados possíveis, para comparar, filtrar e tirar nossas próprias conclusões.
Tá aí! Gostei dos dois blogs. E as posições opostas são um temperinho.
Antes de tudo, liberdade de pensamento
"Língua de Trapo" talvez provoque mais questionamento e reflexão, mas, goste-se ou não, fica restrito a um público bem específico - embora seja uma voz importante a ser ouvida, apesar dos interesses escondidos atrás de alguns de seus posts.
Mas o fato de "Blog do Noblat" estar infinitamente abaixo na emissão de opinião não o desabona. A escolha que o respeitado Ricardo Noblat fez - de não transformar seu espaço em um fórum permanente de discussão e em um porta-voz dos pensamentos e sentimentos de seu autor - apenas o torna diferente daquilo que concebemos como um "blog padrão", recheado de opiniões e comentários.
Muitas vezes, o menos é mais. Então, no caso de Noblat, a quantidade de informação que ele faz circular todos os dias excede essa dependência tola de opinião em tudo e em todos os momentos. A partir das notícias que divulga e reproduz, o espaço está aberto para quem quiser comentá-las, contestá-las ou endossá-las. E, no ambiente virtual, a pessoa pode fazer isso no seu próprio blog, em outros blogs ou sites. Lugares há de sobra.
Não é questão, porém, de afirmar que opinião é descartável - muito pelo contrário. É louvável o trabalho do "Língua de Trapo", no sentido de "furar" uma rede de proteção à imagem do governador e do governo reinante na imprensa mineira. O blog contribui, tanto quanto o de Noblat, para provocar a inquietação que antecede o posicionamento e a formação de opinião. Daí para a liberdade de pensamento que só tende a beneficiar a sociedade, basta um passo.
Postando para ANA PAULA BRAGA
Não se enganem com a politicagem brasileira. Seja de qualquer gestão, seja de qualquer partido. Fiscalizar o poder, esclarecer/elucidar os fatos, debater as ideias que fazem a diferença e, ao mesmo tempo, servem de alerta. Esta é a real maneira que o blog de jornalismo independente Língua de Trapo encontrou para combater, com vigor e linguagem irônica, a fraude que é a nossa política de hoje e de sempre. A liberdade de expressão e informação é vivida pela blogosfera com bastante coragem e transparência. Graças ao poder de comunicação da internet, atualmente está complicado para esses “bonitões” continuarem escondendo a sujeira embaixo do tapete.
Análise, crítica e discussão política na internet. No ciberespaço, os blogs jornalísticos como o de Ricardo Noblat, por exemplo, tem muito o que acrescentar aos leitores de webjornais, uma vez que seu conteúdo acompanha uma linha editorial mais independente, adicionada da credibilidade de quem escreve e também da velocidade de quem posta as informações.
Com o objetivo de mostrar para os internautas uma forma despojada sobre a opinião pública como a política, entre outros assuntos mais polêmicos, os dois blogs não se diferenciam na forma satírica de comentar este assunto apesar de Ricardo Noblat através de charges ser mais comedido e menos despojado que o blog “ Língua de Trapo”.
“Língua de Trapo”, apresentando uma sátira mais direta, focasse na maioria das vezes em como a sociedade se remete a cegueira diante da política que nosso país está submetido. Com informações visuais ricas, como vídeos e fotos, nenhuma delas escapa de comentários sem qualquer pudor.
O que não é diferente em Noblat, com seu linguajar mais brando, mas muitas vezes desengajado. Suas informações visuais apresentam-se mais ricas, com vídeos, fotos e charges hilárias, mas suas sátiras são mais relevantes. Ricardo direciona-se não só para as sátiras, mas sua visão de assuntos comedidos de formas sensacionalistas pelas mídias.
Os blogs tentam passar uma única coisa na mente do brasileiro “ACORDA!”, tanto para a política, como para tragédias ocorridas recentemente, entre outros acontecimentos. Ou seja, qual sua visão? Apresente sua opinião sobre os fatos, pesquise mais, lute pelos seus direitos, tenha liberdade de se expressar!
Andrezza Rocha
Já o blog Língua de Trapo trabalha a liberdade de expressão que possui de forma crítica e informal, faz postagens mostrando as falcatruas do governo mineiro e sobre a candidatura do nosso governador a presidente da república. O autor do blog é alguém diferente da maioria da população, é alguém que ainda não se abateu com a falta de escrúpulos dos governantes e não se conforma com o que está acontecendo no país. Ele luta por algo que acredita, mas infelizmente o apoio não que é realmente necessário para fazer a diferença não vem.
Não saberia dizer muito bem qual a opinião de Noblat sobre o que está acontecendo no país somente por seu blog, sem conhecê-lo de verdade. Ele faz de seu espaço na rede um lugar profissional e o que realmente pensa fica escondido entre seus pensamentos. Já em Língua de Trapo a opinião é explicita e bem declarada!
É tudo muito legal, mas não podemos fechar os olhos para o que está a nossa frente.
Não é certo um homem se esconder atrás de um blog, principalmente quando o que ele fala interessa a milhões de pessoas.
A liberdade de expressão já matou milhões de pessoas. Todos lutavam por ela, e isso me machuca muito, porque o sacrifício deles merece ser recompensado. Sei que parte da nossa imprensa escolheu um lado, mas não podemos calar o outro. Nunca.
Vendo o meu trabalho de análise de vários blogs, aprendi que a internet está cumprindo um papel muito importante. Ela é o lugar que muitos sonharam. Acho que devíamos honrá-la melhor, primeiro criando algo de qualidade, segundo abrindo espaço para todos e terceiro, não nos calando jamais.
Sempre analisamos blogs opostos, com a missão de mostrar para nos mesmos, que não ha problema em sermos diferentes. Um mundo de iguais não vai pra frente. A democracia e a liberdade é o pilar do sucesso de uma nação e claro da comunicação.
Na minha opinião, um viva a todos que não desistiram de lutar, seja dos seus computadores ou nos campos de batalha. LIBERDADE !!!
GILBERTO RIBEIRO.
Liberdade (ou não) de expressão
A credibilidade conquistada por Noblat faz com que seu blog seja fonte confiável de informação. Informação a respeito de política em geral é amplamente constante em um espaço que deveria prevalecer a opinião (da qual nota-se apenas algumas pitadas), mas na verdade dá maior privilégio mesmo ao fato em si, faz jornalismo tradicional, com um conteúdo originado do próprio autor e também extraído de outros veículos, mais parece uma portal a um blog, talvez devido à ligação com outros veículos. Apesar de alguns poucos comentários e outras publicações mais descontraídas o jornalista, apresenta uma postura bastante isenta acerca do que veicula, principalmente politicamente, diferente do blog Língua de Trapo que explicita sua posição em defender o governo petista sem perder oportunidades de apunhalar os arqui-inimigos tucanos. Oportunidades concisas. Apesar do caráter opinativo agressivo, todas as publicações são baseadas em fatos, notícias verídicas, documentalmente comprovadas via imagens, vídeos, reportagens... o que proporciona ao blog uma argumentação embasada e possivelmente muito influente na formação de opinião. Os poucos comentários e as outras publicações mais descontraídas, que se consistem em matérias culturais, crônicas, mostram ainda uma tentativa de Noblat em camuflar seu blog como um espaço subjetivo.
Apesar do tema próximo, Blog do Noblat e Língua de Trapo têm identidades e objetivos distantes, aparentando ser o primeiro um “fake” blog e o segundo uma comunidade.
Walisson Felipe Mendonça
POSTANDO PARA IARA OLIVEIRA
Noblat segue o padrão jornalístico em tudo que posta em seu blog, talvez se tivesse um pouco mais de opinião dele suas postagens poderia ter mais cara de blog. No entanto são muito ilustradas, até mesmo com vídeos e charges, o que deixa mais claro, mais bonito, e também com cara de revista, tipo, Veja e Época, o que em minha opinião não é positivo.
Já o Língua de Trapo, levanta a bandeira vermelha, mesmo que desbotada (por corrupções “esquecidas”), com uma grande estrela Branca e sem esquecer o número 13 que recai ao azar. O que para eles significa sorte, pois a “censura Aécio” não pode mandá-los embora das redações, já que ela não existe. O Língua de Trapo traz postagens super “maldosas” sobre o governo Aécio Neves (principalmente), como AÉCIO NEVES: ALÉM DE SER UM ROBIN HOOD ÀS AVESSAS, NOSSO ALCAIDE FAZ ESTÁGIO PARA DITADOR (têm piores - risos). As postagens são muito bem apuradinhas e pelo jeito a ronda no site Agência Minas “ferve”. Me parece que o(s) dono(s) do blog, são militantes do PT desde a época em que o partido ainda era simbolizado pela estrela verde.
Se for para se fazer comparações do que é bom ou ruim, prefiro o Língua de Trapo, todos os jornalistas que tem coragem de falar mal do Governo Aécio, ainda hoje são demitidos. No entanto, de quem é o blog? Então, eu poderia gostar mais do Noblat.
Já que o Língua de Trapo direciona o pensamento e se quem acompanha é petista então, “vish”. No Noblat, acontece o seguinte, deixa o leitor apto ao assunto, cabe a ele pensar sobre o mesmo e ver quem tem razão, se é que existe.
Postando para Yara Fonseca
O que é liberdade? Será que é uma estatua em Manhattan? Ou será um ideal que não sai da boca de muitos e não entra nas leis de milhões? Pedir e lutar por liberdade é lindo. Vamos às ruas, vamos às urnas, vamos à luta. Gritos como esse já eclodiram de líderes, líderes da liberdade.
A primeira vez que entendi o real valor de liberdade foi com um homem perdendo a sua cabeça. Falo de William Wallace, camponês que lutou pela liberdade da Escócia, e teve sua história retratada no cinema com o filme de Mel Gibson, Coração Valente. A cena é forte, o guerreiro pede para falar, o público, o rei, o mundo fala baixo, e para si peça clemência. Em meio a tudo isso, o guerreiro levanta a voz e com um grito de liberdade ele diz: LIBERDADE. Naquele momento entendi o que a liberdade significa.
O papo está ótimo, mas preciso falar da liberdade de expressão e vou usar como referência dois blogs sugeridos, o Língua de Trapo e o Blog do Noblat. Quando entrei no Língua de Trapo já levei um susto, a Dilma estampava a capa do site. Pensei, ainda bem que estou de vermelho. E conforme lia, via que ali era um blog de oposição ao nosso Governador Aécio. Há algumas coisas legais e outras exageradas, mas isso não interessa. O que quero dizer é que o local é uma voz sozinha, uma voz que luta contra algo maior. Era como se o Quénia declarasse guerra aos EUA. O AUTOR está desamparado porque sua causa é perdida. Lutar contra quem está no poder, é lutar para morrer. Infelizmente o povo mineiro, escolheu um lado. Infelizmente mesmo. O que nos resta é um blog aqui e outro ali. Ambos sem nome, mas com identidade. A sua identidade é a oposição, que sempre é bem vinda. Quem está no poder precisa saber que existe coisas ruins, se ele não souber e vivenciar isto, ele não sai nunca mais.
O blog do Noblat é diferente. Mas a Dilma também está lá, espero que ela lute pela liberdade. Ali existe uma sopa de textinhos, tem um pouco de tudo, mas quase nada do Noblat. Uma pena. No fim, gostei do blog, é bom e isso já é alguma coisa.
Segundo o Aurélio, liberdade é um direito de proceder conforme nos pareça, contanto que esse direito não vá contra o direito de outrem. Para William Wallace, liberdade é provar para si mesmo, que você fez tudo, fez o que era possível para defender o que é verdade e justiça. Liberdade de expressão é abrir as portas, escancarar a verdade de cada um, sem em nenhum momento julgar que x ou y é certo. Todos devem falar. É um direito universal, é a Liberdade,
Em um mundo perfeito, o Língua de Trapo teria nome, o Aécio ouviria suas críticas, os estudantes, os trabalhadores o mundo, falaria em um mesmo palanque, sem precisar perder a cabeça por isso.
YARA FONSECA
Já o blog “Lingua de Trapo”, que fala também sobre política, faz uma abordagem diferente do conteúdo. Seus principais conteúdos são críticas diretas ao PSDB, dando enfoque ao atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves. As críticas não são gratuitas, elas possuem um certo embasamento, que o autor comprova através de argumentos, imagens retiradas do site oficial do Governo, vídeos e fatos. Tem um grande caráter contestador e oposicionista, ás vezes com críticas desmedidas. Um blog influenciador e formador de opinião.
Com relação à interatividade, ambos os blogs são interativos e aceitam postagens de comentários. O “Língua de Trapo” possui uma maioria de leiores que compartilham da mesma opinião do autor, já que as críticas são feitas de forma bastante agressivas e o conteúdo publicado expressa a opinião dos blogueiros. O blog de Noblat é aberto para o diálogo, e ele, como jornalista que é, assume a postura não mais de um produtor de conteúdo, mas sim de um interlocutor que participa do processo comunicativo, havendo trocas de papéis entre quem fala e quem ouve.
Política...política!!
Eu particularmente tenho uma certa descrença em blogs deste tipo.
O blog do Noblat é bem mais objetivo, mas me senti em um site de notícias. Achei que teria mais a opinião de Noblat, mas o blog é de facil compreensão e contém outros assuntos e dicas para os internautas.
Liberdade liberdade abra as asas sobre nós - Diego
Com os portugueses, com a monarquia, ou com os militares o povo sempre esteve debaixo de asas que não são suas. É aquele lhe acolhe, mas no fundo não quer que você se liberte. Influenciados, manipulados, torturados e censurados, este era o papel do povo diante de tudo isso. Agora a nova arma dos poderosos é a comunicação. Usada por alemães e italianos para influenciar a massa durante o período pré- 2ª Segunda Guerra Mundial. Com o tempo a comunicação só foi ganhando força, surgirão novas estratégias de manipulação e novos veículos de massa, como o rádio e a televisão.
É neste cenário que surge a internet. Começou devagar, sendo utilizada pela elite, mas hoje a internet é de todos. No Brasil, o número de usuários ainda é pequeno em comparação aos países mais ricos do mundo, mas isto está mudando.
O que a internet traz de novo nesse panorama de dominação? A internet tem a capacidade de permitir que qualquer um, faça o seu trabalho de comunicação. Que coisa mais linda não é ? Como tudo que é bom dura pouco, a liberdade de expressão nos computadores acabou. Países como a China já conseguem censurar todo o processo jornalístico na internet. No Brasil, restou para os opositores ao poder, criar seus blogs que estão espalhados por toda está imensidão territorial, mas sem chance de atingir grande parte da população. Ai que entra o blog Língua de Trapo, que faz uma oposição ferrenha ao Governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Sem nome e sem casa só com a voz. É essa visão que eu tenho do blog. É alguém tentando falar para uma multidão, mas a falta de espaço lhe impede isso. Se o blog é bom, faz sucesso, porque o seu criador não está na Tv, nos jornais ou nos rádios? É uma boa pergunta, mas eu não disse que estávamos livres.
Do outro lado da maré esta o jornalista Ricardo Noblat. Escritor conceituado, me decepcionou bastante com o seu blog. A qualidade é indiscutível, tudo que está vinculado no seu portal é de excelente categoria, mas senti que faltava um pouco da sua mão nisso tudo. Fica a minha decepção, mas não minha indignação.
DIEGO SCORVO FONTOURA
O "contra" e o "a favor" juntos na mesma notícia
Sendo assim, a solução seria fugir para um lugar onde a voz do povo fosse ouvida: internet, TVs públicas e publicações “independentes” (palavra tão excessivamente usada, que na maioria das vezes já não revela o seu verdadeiro significado).
Seriam nesses meios que, a princípio, todos teriam vozes. Esquerda e direita, pobre e rico, ateu e evangélico. Enfim, o excêntrico e o comum.
Aí, quem estivesse com vontade de botar pra fora o que lhe incomoda, nadaria de braçadas. E o que reclama que tudo aquilo que é veiculado naqueles grandes meios de comunicação, antes de chegar a ele, é peneirado, passa por um crivo, teria a chance de ouvir/ler/ver todos os lados de uma mesma notícia. E, assim, formar a sua opinião.
Antes de apontar defeitos e qualidades de uma empresa ou profissional de comunicação, é preciso ter cuidado. Refletir. Questionar. (Afinal, já virou lugar comum há muito tempo falar que tal jornal e/ou emissora é vendido(a) e o que vale a pena ser lido é o que passa longe do mercado.)
As TVs públicas realmente são públicas? É feita pelo “povo” e pensando no “povo”? Um blog como o Língua de Trapo é democrático? O jornalismo da Globo é carente de opinião? Será que não existe nenhum profissional dentro do Estado de Minas comprometido com o “fazer jornalismo” e que tenha responsabilidade ao apurar uma notícia antes de passá-lo para o papel?
Ser contra por ser contra (e o cara que é contra, para muitos, é o mais legal) é ingenuidade. A liberdade de expressão não é só um ideal, é essencial para a formação de uma sociedade mais justa e democrática. Mas liberdade de expressão de ambos os lados. Isso implica na característica primária do jornalismo: a imparcialidade. Uma revista cuja linha editorial é “contra o sistema” (mais uma expressão clichê) deveria ouvir quem é a favor desse mesmo sistema. Assim como um canal televisivo deveria mostrar sempre duas maneiras diferentes de pensar a política, educação, economia, cultura, etc.
É bem provável que, por isso, o efeito surtido no leitor do blog de Ricardo Noblat seja maior no que do internauta que costuma acessar o Língua de Trapo. O jornalista, por transitar por divergentes caminhos, talvez consiga promover uma reflexão verdadeira (e não uma militância gratuita) naquele que lê o que ele escreve.
Dois olhares diferentes...
Legal! Mas não confio.
O governo federal 7.65%
O Congresso 1.17%
O Judiciário 3.33%
A Polícia Federal 10.41%
A imprensa 16.05%
As Forças Armadas 26.78%
A Igreja Católica 7.55%
Nenhuma delas 25.89%
Não sei 1.17
Foi isso que me chamou a atencão no Blog do Noblat, além da cobertura cultura do blog. Porque destaca os leitores do blog, que não acredita nos Poderes Legislativos, mas acredita nas Forças Armadas. Pensando no resultado, imaginei essas buscas detalhadas ao avião da AirFrance, que passsam em todos os jornais, e revistas, e programas de tv e páginas da internet. Meio filme de de guerra com Tom Cruise pilotando um avião, e óculos espelhados. Mas, como acreditar nas Forças Armadas? Acreditando no que a mídia fala sobre ela. E o mais bizarro, é que a confiança na imprenssa tá capengando nessa pesquisa aí.
E o Blog do Noblat com isso? Pois é, penso que o Noblat influencia nessa votacão no momento que escolhe as suas notícias políticas. Quem robou quanto, quem denunciou o roubo de quem, quem comentou sobre o desvio de fulano e o castelo. Castelo? Essa fofoca já é velha!
Resumir a cobertura política a CPI's, que é um momento que não se cria nada pro país, a não ser fofoca, gera o que está na pesquisa, desconfianca. Triste.
Mais triste ainda é terminar um dia de posts sobre fofocas diretamente dos corredores de Brasília, com um vídeo de alguém cantando Bossa Nova em inglês...ZzZzZzZzZzZZZzz.
E o Língua de Trapo? Acho válido ter um blog desses. Mas não duvido de ser feito por uma pessoa do PT que é paga para ficar só olhando o site do Governo de Minas e falando tudo aquilo. Eu imagino um cara com camisa vermelha e broche de estrela no peito passando o dia todo em frente a um PC meio velho, cumprindo horário ali na sede do partido. Aquela, perto da igreja com eliporto, onde o 5401 passa sempre.
Fico desconfiado. O blog tem apuracão certinha igual o professor Fernando fala? Se tem não mostra (e isso vale pro Noblat também). Acho que se deve ter blogs como esse, mas também deveria ter um pró-Aécio com ele sentandinho no banquinho. E também um pró-Vanessa Portugal. QUEEEM??? Aquela candidata ao governo de Minas do PSOL. A foto dela? Qualquer uma que não seja sentadinha num banquinho.
Gerar debate é saudável pra democracia, acredite se quiser.
Pedro Castro.
Discutindo política
Análise dos blogs
O blog de Ricardo Noblat aborda as questões mais recentes da política fazendo análises e comentários neste âmbito. Os acontecimentos da cena política são comentados de forma critica com o uso da linguagem simples e objetiva, o que propicia uma leitura mais satisfatória e menos cansativa, por se tratar de um assunto complicado. No blog também são postados textos sobre outros assuntos, artigos de outros autores e dicas de blogs para o internauta.
Já o blog Língua de Trapo, faz uma crítica direta ao PSDB, mas em especial ao atual governador de Minas, Aécio Neves. Eles trabalham textos conjugados com imagens retiradas do site oficial do Governo, fotos e vídeos. O conteúdo do blog é muito comentado, tanto de pessoas que concordam ou discordam com conteúdo postado. Fica muito definido o posicionamento político do blog, que apóia o atual Governo Federal.
E quanto à interatividade?
Ambos os blogs aceitam postagem de comentários, no entanto, o blog do Noblat para o internauta visualizar os comentários já postados, ou mesmo comentar sobre um texto é preciso realizar um cadastro. Considero que com isso o leitor fica “restrito” a leitura, pois ele poderia ter acesso aos demais conteúdos sem que houvesse a necessidade de se cadastrar. Já o Língua de Trapo considero como mais interativo, pois a facilidade de comentar é um diferencial. O leitor pode fazer um comentário sobre determinada postagem sem, necessariamente, ter que realizar o cadastro no blog.
Mariane Schmittd
Noblat e Língua de Trapo
Já o blog Língua de Trapo é mais autoral, por não estar ligado a nenhum veículo de comunicação. Aliás, o publico do blog deve ser composto por pessoas que compartilham da mesma opinião dos autores, já que as críticas são feitas de forma bastante agressivas e o conteúdo publicado expressa totalmente a opinião dos blogueiros. O blog usa da descontração e da ironia para passar uma mensagem política. Acredito que essa seja uma forma eficaz, já que muitas vezes o assunto política pode ser cansativo a quem lê.
Diana Friche
sábado, 6 de junho de 2009
Análise blogs : Língua de trapo e do Noblat
Fazendo uma análise sobre a liberdade de expressão e as linhas editoriais adotadas pelos dois últimos blogs analisados, observei pontos comuns e muita divergência. O jornalista Ricardo Noblat atualmente mantém um blog no portal do jornal O Globo. Acredito que devido a sua grande experiência com revistas, Noblat utiliza em seu blog uma linguagem mais alternativa, e ilustra seus textos com imagens. Além disso, em seu blog, além da visão profissional sobre política, ele revela um lado mais “família”, postando em seu blog acontecimentos pessoais e comentários sobre seus gostos. Em relação a liberdade d expressão, observei que ele fala o que pensa sem muitas restrições. Cita nomes e é muito analítico em determinadas situações. Já o blog Língua de Trapo adota uma linha editorial totalmente diferente do blog do Noblat. O blog criado para instigar a oposição ao governo Aécio Neves, demonstra claramente suas posições políticas e ideológicas. A meu ver, o blog poderia ser visto como um instrumento para formação de opinião contra o governador, já que ele não apenas supõe, ou discute ideias, mas mostra documentos, e de fato busca comprovar o que está publicando. Na minha opinião o blog Língua de Trapo é muito mais completo, e traz mais informações gerais, além da abordagem política. Enfim, o blog do Noblat seria para quem procura opinião já formada sobre determinado assunto, e o Língua de trapo seria para quem busca se informar, para a partir daí construir suas próprias opiniões.
Blogs Noblat e Língua de Trapo
Arthur Flach
Noblat/ Língua
Já o língua de trapo é um blog com caráter contestador, acredito eu que é feito por um jornalista petista, já que é claro a sua preferência pelo partido do PT. Acho interessante um site de oposição ao governo, não se encontra críticas ao governador Aécio Neves por ai a toda hora, como o língua de trapo aborda, de uma forma irônica os fatos que acontecem diariamente na agenda do “Governador Bonitão”. As opiniões mostram embasamento e bons argumentos, mas falar mal do PT aqui, não dá!!!
Pera, Uva, Mãça, Salada Mista
O Blog do Noblat é um espaço super válido para quem está afim de ler comentários embasados e críticas precisas sobre política, na maioria das vezes. São vídeos, charges, entrevistas, coberturas especiais e textos, alguns feitos pelo próprio jornalista e outros coletados de diversos veículos. Porém todos merecem o olhar perspicaz de Noblat, que não deixa de fazer seus comentários inteligentes. O que se pode perceber é que apesar de ser um blog, onde muitas vezes a opinião pessoal aparece de forma escancarada, a intenção principal ainda é informar. Não podemos resumir seu conteúdo a um conjunto de críticas desmedidas, fazendo oposição a alguma coisa. Elas são feitas sim, assim como a produção ou a simples postagem, de textos que informam seu público do cenário político e social do país.
O Blog Língua de Trapo faz oposição ao governo Aécio, vai contra a censura que o “Governador Bonitão” – palavras do blogueiro, faz com a imprensa mineira. E é ai que eu acho válido sua conduta. Pelo fato da internet ser terra de ninguém, a liberdade de expressão pode finalmente reinar e críticas ao governdor, podem ser publicadas. Seus textos são irônicos e com muita dose de humor, um tanto quanto agressivo. E não é só Aécio que recebe críticas, mas todos aqueles que falam mal do PT. O apresentador Jô Soares, recebeu alfinetadas violentas, por ter ironizado o presidente Lula em seu programa. Vemos também uma campanha escancarada para Dilma Roussef na presidência, a ministra recebe declarações apaixonadas do autor e dedicatórias em postagens, como foi o caso do Dia das Mães – Feliz Dia das Mães para a Futura Presidente do Brasil.
Depois da análise dos dois blogs e um minuto de reflexão, bem, eu também não daria um beijo no rosto de Aécio, mas só pra deixar claro, não há tensão entre nós dois.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
O Língua de trapo, blog também voltado para o campo político, segue a risca o conceito de blog no sentido “expor sua opinião”. Ele demonstra claramente sua posição em relação a certos partidos, governos etc. Portanto é um blog completamente parcial.
Em relação à linha editorial penso que se podem comparar os temas tratados, porém a liberdade de expressão levando em conta seu conceito sendo como o direito de expressar opiniões livremente, o Língua de trapo possui mais autonomia já que ele não é ligado a nenhum veículo. Apesar disso, acredito que mesmo com cautela Noblat atinge seu objetivo.
Nathália Freitas
Falando també sobre o política, o Língua de Trapo adota uma estratégia diferente. Informa? Sim. Mas escolhe a ironia e o humor para fazer isso. É um blog interessante, pois mostra opiniões com embasamento, o autor não sai por aí distribuíndo críticas gratuitas, há argumentos, há fatos. Certas vezes, há exagero, mas o exagero é humano, à partir do momento que você expõe sua opinião você será taxado, terá outra opinião vindo de encontro a sua, e ter argumentos, é fundamental para continuar no "embate oral",'mesmo que você não esteja certo. Afinal, opinar também é errar. Uma coisa é certa: é um blog a ser analisado.
Se eu pudesse escolher apenas um? O do Noblat.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Melhor do que a minha...
Bem humorado e inteligente, Noblat mostra que é possível escrever sobre política de um jeito despojado sem ser ridículo. Sua opinião sobre o próximo a assumir a presidencia mostra uma corrida pela simpatia do atual representante do país. Na frase do dia, uma fala do Aécio e logo após uma pausa, que ele chama de "hora do recreio". Uma indicação de uma música, que nos abre os ouvidos e os olhos para o seu tão esperado comentário, logo embaixo. Mas não é só ele quem fala, Noblat também posta artigos de outras pessoas, e imagens que nos fazem perceber que é preciso estimular a leitura. Charges também completam o blog que fala de um assunto sério e de outros assuntos sem ser chato ou monótono.
O outro blog, Língua de Trapo, também fala de política, mas de um modo muito mais agressivo. As postagens tem itens como: fatos ou a verdade, impondo sua opinião. Os vídeos anexados são diretos e de acusação. O blog aponta com o dedo firme o que está errado na política brasileira, mas do seu ponto de vista. O autor, esse é um enigma: author - Lingua de Trapo. Tudo o que se sabe dele, ou deles, é que são, ou é petista. Links associados nos levam a matérias que falam bem do presidente e apontam Dilma como sua sucessora. Um lado da moeda.
A conclusão, bom, leia! Os dois blogs e outros, para que a sua opinião seja melhor do que a minha.
Sinceramente,
Laura Milan
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Com a voz, a política.
Mas por que é assim?
Em poucas palavras, porque somos assim. Enquanto país, recebemos uma educação tão deficiente quanto a que hoje transmitimos a nossas crianças da rede pública. Aprendemos muito pouco as lições de democracia e cidadania construídas até aqui, e, principalmente, desenvolvemos uma noção de “ética” individual inaplicável à esfera pública. Nosso modelo político é mais do que precário, pior do que imaturo. Ele é uma verdadeira criança delinquente, que ao mesmo tempo em que revolta pela atrocidade do seu comportamento, é mais uma vítima do que meio que o formou...
Então, como o problema é sério, ele precisa ser discutido. E política ainda é assunto que agrada a poucos. Esse aspecto até que está mudando, e é nesse ponto que os blogs escolhidos para análise nessa semana exerceriam papel fundamental: provocar a reflexão.
O jornalista Ricardo Noblat é um dos comentaristas políticos em atividade que mais me agrada. Objetivo e incisivo, ele sabe relatar os fatos e emitir seus posicionamentos de forma eficiente. Uma simples frase, como “Comentário meu: pensando melhor, não comentarei.”, funciona muito melhor do que linhas e linhas de desaprovação. Além disso, seu blog é recheado de conteúdo de qualidade, que vai desde informações e matérias sobre outros temas (nem tudo é sobre política), até coberturas históricas, indicações de leituras, entrevistas, charges e enquetes. Inclusive, a atual enquete que se encontra na página de Noblat é excelente, assim como o seu resultado. Em quem você confia mais? No Governo, no Congresso, no Judiciário, na Polícia Federal, na Imprensa, nas Forças Armadas, na Igreja Católica ou em nenhuma delas? Perguntinha ingrata...
O outro blog indicado, o "Língua de Trapo", é interessante pelo seu caráter oposicionista e contestador. E, conforme já dito, o que não falta no Brasil é inspiração para redação desse tipo de conteúdo. Entretanto, é preciso ressalvar que existe um perigo grande nessas publicações, que é o da crítica desmedida que se limita a si mesma. Além de denunciar as mazelas da politicagem nacional, é importante também reconhecer e tornar público as ações positivas e os avanços alcançados. O falar mal, por mais necessário que seja, é um agente transformador muito menos eficaz do que a ação empreendedora. Uma postura política que precisa mudar - e esta se estende àqueles que já refletem sobre o assunto - seria o desapego emocional de cunho partidário e ideológico, em prol de uma racionalização dos processos políticos que são responsáveis pelo desenvolvimento do país. A abertura ao diálogo e ao debate só se dá mediante ao desarmamento das convicções que confinam os indivíduos nos seus guetos de opinião e que prejudicam a capacidade de visão do bem comum. No Brasil, oposição é oposição a tudo que seja governista, e vice-versa, não importa a substância da matéria em questão.
De qualquer forma, o blog destaca-se pela interatividade com o internauta, que pode fazer parte da sua comunidade virtual e interagir através dele.
Sendo assim, quando se trata de política, o ideal é transformar o seu jornal, ou qualquer meio de informação da sua preferência, em uma verdadeira ágora: sempre ouça o maior número possível de vozes e pense muito para formar a sua opinião.
Postagem de Rafael Drumond
terça-feira, 2 de junho de 2009
Até domingo!
Blog de oposição ao governo Aécio:
www.linguadetrapo.blogspot.com
Blog do Noblat:
www.noblat.com.br
As postagens deverão ser feitas até o domingo, dia 7 de junho.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Comparação entre os blogs de Arnaldo Jabor e Bruno Mazzeo. Renata Marinho
O cineasta, crítico e jornalista Arnaldo Jabor é conhecido por suas críticas ferrenhas, e objetivas, além da sua analise irônica sobre os acontecimentos . Já produziu vários filmes, muitos deles receberam algum tipo de premiação. Na maioria das vezes, ele foca suas criticas na hipocrisia da moral burguesa, seus costumes e postura. Por forças das circunstancias se “torna” jornalista e escritor. Já Bruno Mazzeo, é roteirista e ator. Se existe um ponto em comum que seja capaz de unir Jabor e Mazzeo com certeza esse elo é a arte de escrever e produzir. Em seu blog, Jabor expressa suas opiniões em relação a fatos da atualidade brasileira de forma de crítica e aguda, como não podia ser diferente. Demostrando todo o seu conhecimento, relativizando textos e contextualizando-os. Já Mazzeo, expõe suas idéias de forma mais extrovertida. Não existe em seus textos o rigor nem a concepção realista sobre os fatos da forma que se pode observar nos textos de Jabor. Em seu blog, Mazzeo relata fatos engraçados, histórias pessoais de uma forma geral. Fica nítida a diferença entre os dois blogs, e a forma que ambos os escritores se expõe nesse mesmo espaço virtual.
Renata Marinho
Contudo, o blog está desatualizado e possui pouco conteúdo.
Apesar de criticado, negativamente, por trabalhos anteriormente realizados, como o próprio cinema, Jabor conquistou seu lugar e adquiriu respeito como crítico, no ponto de vista das massas.
Ele tem o seu quadro em grande emissora aberta, tem sua coluna em grande jornal e suas famosas críticas sobre o cotidiano em prosa.
Mazzeo surgiu de uma proposta enviada ao Multishow para um quadro num dos programas mais assisstidos, na tv fechada brasileira. O Cilada, programa que apresenta,é renomado dentre os programas humorísticos brasileiros.
Em comum, os dois são críticos poderiam usufruir da situação e extrapolarem e dizerem de forma rude, o que pensam. Contudo, utilizam do bom humor e das ironias as entrelinhas.
POSTADO PARA IARA OLIVEIRA
Arnaldo Jabor às vezes me parece muito ríspido em suas crônicas, um pouco grosseiro em suas criticas, usando mais o sarcasmo. Já Bruno Mazzeo, explora mais o cômico o que torna mais aceitável os assuntos explorados o que também aproxima mais o internauta de seu blog, além de que ele posta várias vezes por semana, com muitos vídeos e fotos, enquanto Jabor demora cerca de 20 dias para uma nova postagem.
Analisando os perfis dos blogleiros, pude perceber que pelo fato de Jabor ser um jornalista respeitadíssimo e conhecido nacionalmente, e Bruno ser um “cara” conhecido por programas humorísticos como “A diarista” e “Cilada”, além de quadros no fantástico, da rede globo, essas imagens são refletidas em suas postagens (indiretamente), o blog de Mazzeo é mais interativo, até mesmo sua layout é mais descontraída, já do Jabor é algo mais sério, “mais certinho”, padronizado.
IARA OLIVEIRA
domingo, 31 de maio de 2009
Olhares sobre o cotidiano
E é justamente essa veia - adorada por muitos, odiada por outros muitos - que vemos no blog de Jabor. Embora bastante desatualizado - fato para o qual há uma justificativa -, o blog é interessante e funciona como uma fonte segura para quem quer saber a opinião do comentarista, sem precisar questionar a autenticidade do texto.
Essa história de "ame-o ou odeie-o" faz lembrar até um outro crítico famoso, citado também no blog de Bruno Mazzeo: Paulo Francis. O post dedicado ao jornalista é um exemplo claro do que o humorista filho de Chico Anysio faz em seu espaço virtual: um diário pessoal, sempre temperado com suas piadinhas e trocadilhos já tão conhecidos de todos graças ao programa "Cilada" (uma cria do canal Multishow que hoje também é apresentada no "Fantástico", da Globo).
Parafraseando Mazzeo, eu classificaria Arnaldo Jabor como mais "uma pessoa que não se limita a dar uma notícia, mas a comenta, opina, bota o dedo na ferida". A mim, o estilo dele agrada. Jabor - assim como fazia Paulo Francis - tem a coragem para, muitas vezes, expressar o que pensa a grande maioria de seus leitores e ouvintes. E também os telespectadores, já que a participação dele nos telejornais da Globo soa sempre como uma válvula de escape das emoções naquele jornalismo tão carente de opinião - embora, é preciso reconhecer, isso esteja mudando, com a reformulação em curso que a emissora faz em seu jornalismo.
Tanto Mazzeo, quanto Jabor trabalham com uma só substância: o cotidiano. E lançam sobre ela seu olhar, quase sempre embebido de humor e crítica. Os temas variam, mas, de uma forma ou outra, acabam se tocando. Chego até a crer que, se Jabor tivesse um "Bloglog", talvez ele estivesse entre os endereços preferidos de Mazzeo. Já o contrário, acharia difícil de acontecer - principalmente se levarmos em conta, como tantos afirmam, o ar de empáfia e superioridade que parece acompanhar constantemente o cineasta carioca em suas incursões textuais.
O que há em comum é diferente: a ironia
Essa turma vai receber crítica porque se expõe. E é impossível agradar a todos. E é melhor que seja assim. Pois como já disse um outro carioca, a unanimidade é burra.
Enquanto “crítico”, Jabor põe para fora o que pensa. Ao fazer isso, fundamenta a sua opinião. Isso é essencial. Mas sempre terá um ou outro que discorde do seu modo de pensar. Enquanto leitora/ouvinte de Arnaldo Jabor, na maioria das vezes não me simpatiza muito com sua escrita/fala. Mesmo quando concordo com o seu ponto de vista. O texto dele, excessivamente irônico e sarcástico, é chato. E como está escrito em um post aqui abaixo, cansa. Aí eu paro de ler, troco de estação. Não consigo. Às vezes penso que se ele deveria se colocar no lugar do leitor. E usar a sua ironia e sarcasmo de outra maneira.
Bruno Mazzeo é irônico (será?). Mas ele parece utilizar a ironia (?) como uma ferramenta para chegar mais perto do leitor. Independente do conteúdo do seu texto, e graças ao seu modo de escrever, à sua abordagem, Mazzeo me passa aquela impressão de cara descolado, maneiro, gente boa. Um cara com quem não seria tão difícil dividir uma mesa de bar. Já o cineasta, distante que só do leitor... Ah, este parece preferir tomar seu uísque sozinho.
Bruno Mazzeo e Arnaldo Jabor provaram que a linguagem humorística está presente em qualquer lugar da história e de inúmeros assuntos.
Com seu humor herdado por seu pai, Bruno Mazzeo se mostra do mesmo estilo de seus programas, ou seja, sendo sarcástico com cada acontecimento do dia a dia. Mas o que talvez chame atenção dos telespectadores nos programas, não possa trazer o mesmo impacto para os internautas.
Seu blog aparenta ser mais pessoal, isso é nítido através de sua paixão pelo time do Vasco , seu comentário sobre gostos musicais e a aparição de um post de uma internauta, torna-se um elogio direcionado a ele.
Arnaldo Jabor, não foge desta lingüística tão opinativa e ao mesmo tempo engraçada. Mesmo não contendo vídeos, fotos e outras imagens que inicialmente prendem muitos internautas, suas criticas são mais abrangentes.
De religião e política ate opções sexuais entre outros assuntos, Jabor relata suas visões com um humor mais clássico onde deixa qualquer leitor pensativo com suas criticas. Para que isso aconteça, o internauta deve entender um pouco sobre estes assuntos.
Andrezza Rocha
Quase tudo é questão de gosto
Mas enfim! O que dizer sobre ele?
Bom, sobre o layout, achei interessante. Combina com o estilo literário do conteúdo.
Sobre a funcionalidade, nem tanto. Não sei se não existem outros textos arquivados ou se fui eu quem não os encontrei. O link que nos direciona do blog à coluna de Arnaldo Jabor também parece não funcionar. Tentei acessar por lá e não consegui. Apenas depois de procurar pelo Google pude conferir seus artigos.
Sobre o conteúdo, é o mesmo estilo irônico/irreverente de sempre. Aliás, esse estilo caricato às vezes cansa, mas é questão de gosto.
Algumas crônicas têm o lado poético bem carregado, misturado com auto-ajuda. Algumas com pontos interessantes, outras nem tanto. Mais uma vez, questão de gosto.
Inicialmente, os blogs eram usados como um diário virtual. E, nesse sentido, Bruno Mazzeo tem um blog bem blog. Desde o layout simples ao conteúdo com tom pessoal. A diferença para outros blogs comuns, é que a vida de Bruno, e suas idéias, são interessantes e engraçadas, fazendo com que suas histórias e sua rotina sejam motivos de grande atração para os leitores.
Embora tenham perfis diferentes (Arnaldo mantendo seu mesmo estilo “cronista-poeta” apresentado em jornais, rádio e tvs e Bruno com menos profissionalismo e mais liberdade e proximidade com os leitores), os textos de ambos são muito comentados. Alguns comentários acrescentam informação e visões diferentes, outros não passam de elogios fáceis. Normal. São pessoas famosas e seus trabalhos têm grande projeção. Detalhe: Arnaldo parece odiado na mesma proporção em que é amado. Fácil encontrar comentários extremos em seu blog. Já Bruno é mais “normal”, com comentários mais constantes.
Mais uma vez, pessoas diferentes criando blogs diferentes!
Postando para Mariana Garcia
Jabor tem seus estilo único, ao aliar um palavreado que as vezes chega ao mais baixo calão, com textos primorosos. O resultado pelo incrível que pareça é genial. O cineasta é capaz de falar sobre tudo, de expor sua opinião sempre crítica sem medo de ofender x ou y. É um substituto a altura do grande Paulo Francis.
Já Mazzeo é um jovem que do nada desponta para a fama. Seu programa mostra as situações do nosso cotidiano, de uma forma bastante bem-humorada. Mazzeo mostra as ciladas do dia-a-dia. O resultado de tudo isso, é um programa que está na quarta temporada e quadro de oito minutos no Fantástico.
Nenhum dos dois tem pinta e jeito de comediante. E nem são na verdade. De um lado está um cineasta, escritor e colunista e do outro um jovem roteirista, que não teve medo de colocar a cara a tapa e topou fazer um programa diferente na televisão paga.
O que interessa é que ambos conseguem fazer o seu publico rir, porque eles escrevem bem, muito bem. O que eles tem mais em comum é isso, ali está duas pessoas, dois homens que não pegam no lápis para fazer nada que não seja no mínimo, muito bom.
MARIANA GARCIA
IRONIA
Jabor, cineasta e jornalista, ficou conhecido pelo estilo irônico com que comenta os fatos da atualidade brasileira. Ele sabe fazer críticas duras, principalmente à política, ele fala a verdade doa a quem doer.
Jabor+mazzeo= risadas
Postando para Yara Fonseca
Mazzeo apareceu do nada como ele mesmo conta no seu blog. De uma folha de papel enviada ao Multishow para um quadro no programa mais popular da televisão brasileira. Uma ascensão meteórica. O Cilada é hoje um dos melhores programas de humor deste país. Com uma linguagem simples, que remete as situações do nosso dia-a-dia, a qualidade e o talento de Bruno reinam nos 30 minutos em que o seriado vai ao ar.
Acho que criticar é uma das coisas mais difíceis, ser pedra é muito fácil, difícil é ser vidraça. No fundo o que quero dizer, é que os dois poderiam usar e abusar da sua situação de críticos, mas eles não fazem isso. Muito pelo contrario, eles partem para uma crítica real, bem humorada, que visa somente criticar e nada mais. Sem puxar o saco de ninguém, eles vão guiando a sua carreira. Cada um do seu jeito, mas sempre com sucesso.
YARA FONSECA
sábado, 30 de maio de 2009
Diego Scorvo
Quando comecei a escrever meu post, já conhecia o trabalho deles. Li o livro Porno Política do Jabor logo depois do seu lançamento e já havia assistido alguns programas do Cilada. O trabalho dos dois é genial. Genial porque é simples. Você vê o Cilada e fala: já pensei nisso ou já aconteceu isso comigo. Nas colunas do Jabor, o que ele fala é o que a maioria pensa, é a critica que está na ponta da língua de todos os brasileiros. O diferencial deles é que eles passam à barreira do pensar e acontecer, eles fazem isso se tornar real para um público imenso, ao escreverem ou falarem de tudo isso na TV. Eles dão a cara a tapa.
Acho que os dois tem muito mais a comum do que eles imaginam. Jabor definiria o seu trabalho e o de Mazzeo como a pornografia da televisão, já que segundo o cineasta, os filmes pornôs mostram a realidade. Se você que sexo de verdade, é ali que você vai encontrar. Chega de erotismos, seja no jornalismo, na televisão, na universidade ou na vida. Vamos buscar aquilo que queremos e que acreditamos. Não há necessidade de falsear, a vida é muito mais que isso, a vida é a verdade.
Gostem ou não, Jabor e Mazzeo dizem a verdade, de uma forma crítica e sincera, sem tentar agradar A ou B.
DIEGO SCORVO
Humor x Ironia
Foi a primeira vez que tive contato com o blog do Bruno (passarei a frequentar mais vezes agora). E não me surpreendi com o conteúdo (quem assistiu programas como a A diarista e Cilada sabe o que esse cara pode fazer), com uma criatividade e inteligência ímpar, Bruno nós faz rir e aprender no seu blog (confesso que sempre salto os posts que ele fala do Vasco da Gama, vai ser fanático assim lá longe). O cotidiano parece fasciná-lo, sempre tratando com irreverência nosso dia-a-dia, ele mostra domínio e clareza do assunto tratado, mas sempre com sua pitada de humor.
Por sua vez, Jabor é polêmico, IRÔNICO, grosso e, muitas vezes, arrogante. Não é um pessoa que eu simpatizo, mas seus textos são incríveis. Sempre fala com autoridade sobre qualquer assunto, principalmente política. O poder de convencimento de Arnaldo Jabor é tanto que ele te faz parecer um idiota quando você o lê. Seu blog é visita obrigatória para quem quer uma opinião diferenciada sobre atualidades. Se me pedissem pra defini-lo em uma palavra seria: mala. Mas ele pode...
Marcelo Augusto Batista de Souza
Arnaldo Jabor é crítico, cineasta e jornalista carioca, é bastante debochado, provocador e contraditório. Mazzeo é ator, humorista, roteirista e também crítico.
Os blogs se diferenciam em vários aspectos, um deles é a forma de ironia percebida, que é característica de cada autor. Mazzeo faz uso de um humor mais agradável e bem menos pesado do que o de Jabor, que é mais personalista, picante e um tanto quanto polêmico. Mas nem por isso as críticas de Mazzeo são menos satíricas e pungentes. Mazzeo é mais “fácil de engolir” do que Jabor, que chega a ser “bastante amargo” em suas análises.
No que diz respeito à escrita eles também se diferenciam. Jabor é mais formal, distante do leitor, mais jornalístico e faz análises mais densas que Mazzeo, este possui uma escrita mais descontraída, simples e dá mais espaço à diferentes interpretações sobre o conteúdo ali postado, que muitas vezes é sobre sua rotina de vida e do seu trabalho.
Em relação ao conteúdo, Arnaldo Jabor aborda mais fatos relacionados à política e sociedade, dando uma certa e exagerada importância aos vícios da classe média do país. Já Bruno Mazzeo fala sobre “tudo”, de filmes, esportes, músicas, etc, de uma maneira geral, mais ampla e mais humorística.
Ambos os autores são capazes de escrever com fluência em estilos variados e aliam, de uma maneira esbanjadora, citações e situações variadas a uma visão bastante debochada da realidade em geral.
Salve Salve a Ironia
A primeira coisa que me passou pela cabeça, ao comparar os dois autores, foi o fato deles terem se tornados conhecidos do grande público, principalmente, por fazerem parte da Poderosa Dona da Opinião Pública Brasileira Influenciadora das Massas Rede Globo.
Arnaldo Jabor é cineastra, jornalista, crítico e reconhecido pelos comentários do Jornal Nacional. Bruno Mazzeo é humorista, roteirista, ator, possui um programa no Multishow e um quadro no Fantástico.
Os dois possuem um estilo irônico de escrever, o que era de se esperar, por se tratar de um crítico e de um humorista. Jabor, gera algumas polêmicas pelo fato de ter como parte do seu repertório, política. E como todos sabem, não se deve discutir política e religião (se não quiser causar polêmicas). Por isso, há quem o idolatre e quem o repudie. Jabor é quase uma celebridade, deve ter até fãs que pedem autógrafos e mandem cartas quilométricas escritas “eu te amo”. O que não impede também, dele receber recados ameaçadores em sua secretária eletrônica.
Exageros a parte, quero mostrar com isso, o quanto uma personalidade pode influenciar nos acessos de seu blog, afinal é esse o propósito, analisar sua ferramenta. E como já foi tratato aqui, no Objetividade Criativa, o instrumento de comunicação deve interessar. Sem dúvida o blog do Jabor, “Amor é Prosa”, consegue isso, afinal ele atinge não só os participantes do seu fã clube, mas também os mais fundamentalistas que são capazes de mandar cartas com antrax, porém já se satisfazem escrevendo comentários desaforados em seus posts.
Com o público formado, Jabor escreve textos bem estruturados e contextualizados, sua bagagem cultural é indiscutível e suas críticas são bem fundamentadas. A ironia, já resaltada, é instrumento principal de seu trabalho. Assuntos como política, sociedade são matéria prima de suas crônicas.
Bruno Mazzeo, possui um blog mais atualizado e descontraido, onde revela sua paixão pelo Vasco e algumas experiências pessoais, abrindo espaço para discussão de assuntos do cotidiano. Por ele ser um artista, acho mais aceitavél o fato de possuir fãs, sendo eles, a maior parte do público do seu blog. Seu texto é bem escrito e consegue prender a atenção do leitor com boas doses de humor. A identificação com as situações narradas ajuda a gerar o interesse por parte de seu público. É interessante perceber que há uma interação do autor com o internauta, alguns comentários dos blogs, são respondidos por Mazzeo.
Duas personalidades que utilizaram da mesma ferramenta, para tratarem de diferentes assuntos, usando recursos parecidos. Críticas a parte, duas fontes de boa leitura.
A críica na rede
Para quem gosta de ler críticas os dois blogs são bem recomendados. A diferença é que um é jornalista, mais reconhecido pelo público. O outro, visto como um mero comediante. Mas ao ler seus respectivos textos, a qualidade em que são desenvolvidos é tão boa que acaba-se deixando de lado essa (in)notável diferença.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Blogs comentados
Arthur Flach
é muita ironia neste meu Brasil
Ironia subjetiva
Muitos nao devem compartilhar da mesma opniao, pois Arnaldo Jabor é do tipo ame ou odeie, nao tem meio termo, mais ai que eu acho que esta o mais gostoso do seu blog e de seus textos, pois incentiva as pessoas a discutirem sendo a favor ou nao do que ele esta expondo.
Já no blog do Bruno Mazzeo o tipo de assunto é um pouco diferente, mas nao deixa de ter a mesma acidez que os textos do Jabor. Fala da sua paixao pelo time, escarando e sem nenhuma brincadeira, em outros momentos somente relata o que esta fazendo e em outros textos inctiveis como o do filme do Simonal.
Em um dos seus post ele coloca o texto de uma professora que comenta sobre o sucesso que é o seu programa cilada...ali ele realemnte mostra o incrivel autor que é, sao cenas do nosso cotidiano tradata de uma maneira sarcastica e completamente verdadeiras, todos nos ja passamos por algumas das situacoes e nos vemos nos episodios.
Mazzeo e Jabor sao muito diferentes e parecidos ao mesmo tempo, mas algo é inquestionavel em ambos, a maneira como criticam os acontecimentos do país e do mundo de uma maneira asborvente que muitos pensamos mais nuca falamos.
Carolina Garcia
O gosto da boa crítica
Bom, em princípio, apenas a fantástica capacidade de criticar com doses precisas de humor e perspicácia.
Existem dois tipos de crítica que me agradam: a primeira, e sem dúvidas, a mais prazerosa, é a aquela que se vale do humor para evidenciar o absurdo. Nessa, os dois escritores revelam-se muito competentes. Trata-se de uma espécie de olhar de cronista, temperado com aquela inteligência chargista capaz de invocar risos e ponderações.
Há também um outro tipo de crítica, que é aquela que nos deixa com um gosto amargo ao término da sua leitura. Nesse caso, o humor dá lugar a contestações áridas a respeito de uma realidade qualquer, que, por sua vez, deixa de funcionar apenas como matéria-prima para o escracho social, tornando-se assim, uma fonte de uma reflexão mais profunda sobre as condutas e caminhos do mundo no qual vivemos e pelo qual somos responsáveis. Aqui, o jornalista Arnaldo Jabor executa um trabalho mais profícuo, apesar da sua grande vocação ser mesmo a crítica realizada através das sutilezas da ironia.
Ainda nesse contexto, podemos dizer, sem medo de incorrer em erros, que as análises de Jabor possuem mais densidade que as de Mazzeo. Não que este seja raso, ou que o material produzido por ele seja de qualidade inferior, mas o próprio universo temático de cada um acaba sendo responsável por isso. Arnaldo Jabor discorre principalmente sobre política e sociedade, enquanto Mazzeo fala de quotidianidades, de esportes, de filmes, de músicas e da sua rotina como ator e roteirista. Seu próprio programa no “Multishow”, o “Cilada”, apresenta essa característica: a partir de situações banais do dia a dia, o escritor vai desnudando aspectos constituintes do modo de agir e pensar, do indivíduo e da coletividade. O sucesso da atração foi tanto, que Mazzeo estreou recentemente no “Fantástico”, da “Rede Globo”, o que ironicamente chamou de “Cilada” em "versão pocket para as massas". Entretanto, é importante considerar que esse panorama só pôde ser traçado a partir da análise do blog de Mazzeo, e considerando o personalismo desse espaço virtual, é preciso distingui-lo de uma página que apenas publica – ou publicava, já que o endereço parece estar esquecido – as crônicas de Jabor.
De qualquer forma, Mazzeo e Jabor nos proporcionam excelentes leituras, e é isso que importa. O blog de Mazzeo vale ser visitado de vez em quando, pois conta com posts muito divertidos e escritos com originalidade. Já a página indicada para as leituras de Jabor encontra-se em desuso, e tendo em vista a importância fundamental da atualidade para o sentido da crítica, acredito ser mais válida a leitura da coluna do jornalista na sua página no site do jornal “O Globo”. O endereço segue abaixo:
http://colunas.jg.globo.com/arnaldojabor
Postagem de Rafael Drumond
quinta-feira, 28 de maio de 2009
No país da fofoca...
Esse viés autoral é o principal atrativo de seus discursos.
Arnaldo Jabor produziu filmes sobre a obra de Nelson Rodrigues com toda a força e acidez inerentes a esta e herdou do dramaturgo (além de outras coisas) brasileiro o estilo provocador, debochado e contraditório (a maior qualidade de todas).
Bruno Mazzeo, que ainda não possui obra cinematográfica, produziu e atuou em séries televisas como “Sai de Baixo” e “Cilada”, famosas pela crítica às situações peculiares do modo de vida brasileiro.
Ou seja, ambos fizeram uso do cotidiano brasileiro de determinada época para dar aquela "cutucada leve na ferida social brasileira".
E ambos utilizaram para isso o humor tragicômico, não o humor pastelão, escrachado, estúpido, que tem o seu lugar, principalmente em alguns lugares.
Esse humor tragicômico nada mais é do que fina ironia (ou grotesca, se interessar), de longe a forma mais inteligente de todas de se criticar.
A diferença está nas nuances dessa ironia.
Jabor faz uso de um humor mais corrosivo e personalista, conferindo-lhe à sua personalidade a alcunha do que costumam chamar de "polêmico".
Já Mazzeo opta por um humor mais leve, agradável de se olhar, aparentemente menos mordaz à primeira vista de um leitor pouco atento.
Jabor é mais cítrico, quase azedo. Já Mazzeo é mais docinho.
A força da crítica de Bruno Mazzeo mora justamente na simplicidade e objetividade com que ele trata de temas tão esquizofrênicos e de costume da sociedade no Brasil.
Jabor é mais sutil, menos claro que Mazzeo, dá brecha à um número mais abrangente de interpretações e enriquece assim o conteúdo mutável de sua obra.
Isso se percebe na escrita e na escolha das intertextualidades dos dois autores.
Mazzeo é mais intimista, mais próximo do leitor em geral em consequência da maior simplicidade e cotidianeidade que adota, enquanto Jabor declara suas emoções de maneira mais distante.
Embora na atuação um pouco disso se inverta, já que Jabor é mais passional e imediato no trato ocular com seu telespectador, enquanto Mazzeo se utiliza de gestos mais contidos.
No entanto, o linguajar escolhido para abordar a realidade continua deixando Mazzeo mais próximo do sofá da sala de quem o assiste.
A qualidade mais forte dos dois é que nenhum deles (aparentemente) se auto censura, já que a internet e o blog ainda são o grande refúgio de liberdade extrema (e externa) do homem, dando espaço tanto a futebol como a padres pedófilos. E isso é um grande mérito, pois como disse outro célebre "opinador", o cantor e compositor Lobão : "no país da fofoca opinião ainda é um tabu", e Jabor e Mazzeo são muito precisos nesta.
Talvez tenha se encontrado na internet finalmente o lugar ideal para se instalar um "regime anárquico", no país da fofoca...
Raphael Vidigal
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Nathália Freitas
terça-feira, 26 de maio de 2009
O que será que esses caras têm em comum?
*Blog do Arnaldo Jabor http://www.arnaldojabor.blogger.com.br/
*Blog do Bruno Mazzeo http://bloglog.globo.com/brunomazzeo/
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Postando para Yara Fonseca
O blog português é estranho, com aqueles seus gráficos complicados, sem legenda, sem comentário, sem nada. Parece aquela prova de geografia de um professor bem sacana, não entendi o porquê de tudo isso. Acredito fielmente que os portugueses ja estão acostumados e por isso, tal atitude não é ruim para eles.
Já Miriam Leitão me lembra as aulas de economia, em alguns pontos posso ficar perdida, mas no fim consigo entender tudo porque sei que ali quem está falando é alguem que domina e muito o assunto. Miriam não fica presa a apenas recados, ela comente e muito. O seu blog é super opinativo, com alfinetadas nos momentos certos e nas pessoas certas.
Acho que a economista brasileira entendeu melhor o significado de um blog, que pra mim é um espaço para você divulgar sua opinião e para que todos, digo todos possam ir lá, ler e comentar, seja positivamente ou negativamente.
No fim, gostei dos dois blogs, mas acredito que o brasileiro se deu melhor nesta disputa.
YARA FONSECA
Economia que move o mundo
Blogs de economia
Arthur Flach
é muita economia neste meu Brasil
Chato a ponto de fazer um simples comentário, sem voltas, sobre os dois blogs selecionados. Não cabe à minha pessoa escrever sobre este vasto assunto, nas mais profundas filosofias deste mundo, sobre "o que é economia".
Quanto aos blogs, posso dizer.
Começando pelo "Pura Economia". O nome é auto explicativo: economia do início ao fim. O autor, intitulado de J.A.Aldeia, entende do assunto e o mais importante: gosta de economia. O fato de utilizar sempre imagens que ilustram as postagens faz com que exista uma antecipação de qual temática será explorada no post. Há sempre gráficos e "print screen" de jornais e revistas, o que garante uma certa credibilidade. Ele escreve livremente sobre o assunto, mas mostra de onde vieram suas idéias. Com isso, facilita muito a leitura de internautas que não sabem muito sobre economia. Além disso, a ordem da narrativa dos posts, como "início, meio e fim" fazem com que o assunto de contextualize melhor, no meio de tantas atualizações.
E pra quem gosta e se interessa pelo assunto, há uma lista de outros blogs, alguns sobre economia, outros não, mas que não deixam de ser interessantes.
A jornalista Míriam Leitão tem um blog que na verdade é uma extensão virtual do que ela escreve na sua coluna do jornal "O Globo". Como jornalista, atualiza seu site com notícias factuais, e como o suporte da internet permite, explora bastante os recursos audiovisuais, como vídeos de entrevistas e comentários de rádio. O que eu acho incrível é a possibilidade do blog tem de dividir os assuntos postados como "marcadores". Poucos usuários sabem dessa possibilidade e neste blog, a Míriam utiliza muito bem dessa ferramenta, o que facilita e adianta o conteúdo do assunto postado. Ótimo para se manter atualizado sobre o assunto.
Ambos os sites mostram que, o fato de "economia ser chato", não é motivo de não ser tema de blog para ler e discutir.
Lorena Martins
domingo, 24 de maio de 2009
Economia pra quantos?
Contudo, o que se vê frequentemente são repetições. Repete-se o noticiário da manhã; a crítica polêmica, seja ela bem fundamentada ou não; a fala do especialista (que é sempre o mesmo); a própria opinião, muitas vezes contaminada por boas doses de simpatia ou antipatia descabidas.
No caso do assunto “economia”, sei que existe a tentativa, por parte de alguns profissionais da área e principalmente jornalistas, de aproximar o assunto à população. Não é fácil, mas acredito que seja mais do que necessário.
Observando os blogs em questão (o da colunista Miriam Leitão e o “Economia Pura”), creio que muito ainda há de ser feito nesse sentido. Por mais que o “economês” venha sendo simplificado, as notícias sobre economia ainda são produzidas quase que exclusivamente para empresários e investidores entendidos do assunto.
“Economia Pura”, por exemplo, parece ser alimentado em muitos casos por matérias de veículos especializados. Apesar de algumas delas serem comentadas, ainda não trazem esse olhar diferenciado. Quanto a esses comentários, o fato de não saber exatamente quem era o "blogueiro" me incomodou e fez com que eu, inconscientemente ou não, lesse com certa desconfiança.
No blog da Miriam, o incômodo era outro. Seu tom “juíza” em alguns artigos incomoda. O uso, em alguns casos, de adjetivos e colocações carregadas por simpatias e antipatias, que parecem pessoais, não contribui para sua credibilidade, nem parece acrescentar pontos relevantes ao tema. Talvez ela tenha essa licença, já que estamos falando de artigos publicados em um blog, mas pela projeção que tem, creio que deveria ser mais cautelosa. Tentei ler os comentários (que chegam a ser muitos em alguns artigos), mas não estavam disponíveis.
“Miriam” e “Economia Pura” se encaixam na situação que mencionei no começo: falam da economia como ela sempre foi e continua sendo falada: para a elite, seja ela financeira ou intelectual.
Quando começaremos a escrever pensando nos diferentes públicos e em suas necessidades e interesses?
Contextualizando para (tentar) entender
Existe resposta para essas perguntas? Objetiva e imediata, acredito que só para a primeira.
Antes de lermos qualquer texto, ainda mais quando este é publicado num espaço que permite ao autor, entornar seu ponto de vista (ou melhor, da subjetividade, para usar uma palavra já mencionada aqui neste blog), acredito ser importante conhecer o currículo (história?) de quem o escreve.
É aí que tudo se mistura. Miriam Leitão é jornalista. João Aldeia, licenciado em Economia. O poderia fazer esperar do segundo, um texto profundamente analítico, cheio de números, equações, combinações, balanços e teorias. E da jornalista, uma escrita que se aproximasse ao máximo do leitor comum, aquele que se sente pouco íntimo deste assunto tão complexo que é a Economia. Ou seja, um texto simples e de leitura rápida. Consequentemente, atrativo.
Mas o que se pode perceber (e o que também já foi falado por alguns aqui neste blog), em algum momento, é o contrário. A página virtual de Miriam Leitão apresenta um texto que requer um mínimo conhecimento prévio dos acontecimentos mundiais de ordem econômica e até mesmo política. Enquanto João Aldeia parece tratar em seu blog, Pura Economia, dos mesmos acontecimentos, de uma maneira coloquial, próxima do nosso cotidiano (ainda que utilize alguns recursos de não tão fácil entendimento, como gráficos e tabelas). Aquele internauta que anda por fora dos assuntos em pauta no universo econômico e político, não terá tanta dificuldade em compreender o que o autor escreve. E poderá, assim, atualizar e se informar ao acessar seu endereço virtual.
Será que vale pensar que, pelo fato de João Aldeia ter uma formação específica, ele tem também um cuidado maior no modo de levar todo seu conhecimento às pessoas? Talvez. Impossível não lembrar da ressalva (apontada também nos dois posts abaixo) feita pela professora do curso de Jornalismo, não uma jornalista econômica, e sim uma economista. “Economia é uma ciência social!”. Pode ser que isso faça com que todos estes profissionais tenham tal preocupação. E ao escrever e falarem desta ciência, tentem facilitar ao máximo a sua compreensão.
Outra questão que acredito ser válida apontar, refere-se ao tipo de linguagem adequado a cada veículo de comunicação. Miriam Leitão também atua em rádio, televisão e jornal. Costumo ouvir seus comentários na CBN. Ao conversar com o âncora do jornal da rádio, Heródoto Barbeiro, a jornalista também parece estar conversando com o ouvinte. O comentário tem um tom coloquial, e é, por isso, acessível ao cidadão comum. Eu sei que a CBN tem um público definido, e que não é todo mundo que escuta a rádio. Mas como este é, talvez, o veículo mais presente nos lares brasileiros, é importante que, assuntos não só como a Política e Economia, mas também, Saúde, Educação, até Cultura, sejam tratados, no rádio, de forma simples e clara. Pois quase toda família deve ter, pelo menos, um aparelho de pilha em cima da geladeira. E através dele, entreter-se e saber o que acontece no mundo.